escrita automática, fluxo de consciência, monologo interior
O escritor Neal Cassidy foi o simbolo do aventureiro na geração beat. E valia-se das técnicas da escrita automática (que objetiva evitar os pensamentos conscientes do autor), para através do fluxo do inconsciente - onde "borram" as distinções entre consciente e o inconsciente, realidade e desejo, e entre as lembranças e a situação presente narrada - para assim dar corpo ao seu texto.
Cassidy que influenciou Kerouac para que repensasse o seu estilo sentimental de escrever. Quando o autor de On The Road passou a contar suas histórias como o amigo o aconselhou: "em uma corrida de êxtase louco, sem auto-consciência ou hesitação mental".
Técnica da escrita automática dos escritores beat, que é parecida com a dos surrealistas, e que ainda tem paralelo com o monologo interior de Joyce: destinado a dar voz ou letra a um conflito psicológico que revela motivações interiores.
Este texto de Virgínia Wolf segue na mesma linha ao ilustrar o fascínio que a cidade causa na alma de uma cidadã londrina:
"Como a humanidade é louca, ela pensou ao atravessar Victoria Street. Porque só Deus sabe porque amamos tanto certos lugares, que até as próprias megeras, ou as mendigas mais repelentes sentadas às portas (a beberem a sua ruína) fazem o mesmo porque amam a vida. Nos olhos das pessoas, no movimento, no bulício e nos passos arrastados, tudo isso era o que ela mais amava - a vida, Londres; e este momento de Junho. (Mrs. Dalloway, 1925)".