Existirá uma ciência artística?

Creio que a maioria pressuponha e espere uma desvinculação entre ciência e arte, postulando, ou até exigindo, a segregação entre ambas. Costumamos esperar cientistas sisudos que não se confundam com artistas fanfarrões.

Podemos, no entanto, considerar não haver entre essas atividades uma discrepância radical, ou antagonismo que impeça a fusão entre elas, e conjecturar sobre o que seria uma ciência artística.

Creio que uma ciência artística seria aquela que incorporasse, junto com explicações claras e precisas sobre um dado tema, exigências de cientificidade, as características típicas das obras de arte, sendo elas o conjunto de sensações que nos encantam e que descrevemos com palavras como assombro, deslumbramento, fascínio, surpresa, estupefação, estranheza e outras mais que relatem o estado de perplexidade a que tipicamente somos jogados quando nos deparamos com uma obra de arte.

Se assim for, creio ter destilado uma autêntica peça de ciência artística; trata-se da explicação para o surgimento da reprodução sexuada, incidentalmente, um dos passos evolutivos mais significaivos na história da vida.

A explicação —, bela, simples, coerente, e consonante a todas as exigências de simplicidade — é ao mesmo tempo bombástica, surpreendente, assombrosa. Também me evoca a sensação de um gol.

Confira:

https://youtu.be/2oArc65CVks

https://drive.google.com/file/d/0BwPkm9_sotrjZ3pFMjFWcmNJRW8/view?usp=sharing

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http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/4288149