Aqui na telinha
Desejo e preciso escrever.
Me comunicar.
Sem jogos de palavras.
Digo: não gosto do que escrevi em:
Testamento a um amigo: Como a gente aprende o que aprende? Há um saber que não sabemos?
Por que não gosto?
Trata-se de um rascunho.
Não apago esse texto, pois acredito que os rascunhos têm vez. Por que mostrar o acabado? Ou o supostamente acabado? Corrigido traço a traço? Tudo que escrevo é eterno rascunho. Escrevo acerca das mesmas coisas, aquelas que me inquietam.
Agora, não sei do que escrever. Me persegue o “não saber”. Acredito no que não sei. Tenho quase nenhuma certeza. A certeza que tenho é que não sei. Isto me fascina. O que escrevi e tive a enorme tentação de apagar e que não vou apagar: (Testamento a um amigo: Como a gente aprende o que aprende? Há um saber que não sabemos? Sou rascunhos, o “texto que achei abominável” trata do que não sei. Só sei o que vivo, o que experimento. Experimentar é o único saber no qual acredito.
Tenho um passado looooooongoooooooo. O passado é um tempo verbal. E visceral. O passado é o tempo da história de minha vida. E da vida de meus antepassados. Conheço as histórias de minha família. Nunca é apenas uma família, mas a história do passado do pai e a história do passado da mãe. Aí, já se trata de uma multiplicidade. Concorda comigo?
Mas agora quero falar da possibilidade de estar no presente absoluto.
Juro que precisei de muuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiitooooooooooo tempo-processo para viver o que vivo agora. O agora sem aspas, puro e simples, embora saibamos que nunca se trata do puro e do simples.