Ano novo e destruição

Dois grandes eventos devem marcar 2016: para nós, brasileiros, especialmente cariocas, as olimpíadas serão um acontecimento marcante, uma grande festa. As eleições americanas, já quase no final do ano, no entanto, serão o grande evento do ano, do qual dependerá nosso destino. Explicarei.

Venho, desde 2009, profetizando uma grande guerra em 2017. Temo que o próximo presidente americano ataque a China, deflagrando um conflito mundial, uma guerra nuclear entre oriente e ocidente. A “razão” para tal insanidade seria a superação econômica dos EUA pela China, evento já ocorrido. A economia real da China já supera a dos EUA, fato atestado pela medida do GDP-PPP, conforme avaliações de FMI, Banco Mundial e CIA. A avaliação em dólares ainda aponta a supremacia americana. (Hong-Kong e Macau costumam ser excluídas das avaliações com o intuito de diminuir a China).

As mudanças nas regras do jogo, e de seus árbitros, impostas pela nova ordem, pelos novos detentores do poder econômico mundial, acelerarão a derrocada dos EUA. A economia americana está prestes a ruir, junto com o dólar. Todo o ocidente desmoronará. Em menos de uma década, a economia chinesa será mais que o dobro da americana. A derrocada do dólar mergulhará os EUA em uma crise sem precedentes. Em outubro de 16, o yuan passa a ser moeda internacional de reserva, ao lado de outras.

A tentativa americana de derrubar a confiança na economia chinesa, a exemplo do que foi feito no Brasil, falhou; os chineses são muitíssimo mais cultos que nós. O crescimento do PIB chinês permanece em 7%. A balança comercial chinesa deve ter superavit recorde esse ano. Recorde mundial absoluto, aliás. Nunca nenhum país enriqueceu tanto em um ano.

Restarão aos americanos duas opções: mergulhar numa crise brutal e irreversível em todos os setores, especialmente o social, ou atacar China e Rússia. Creio que as eleições americanas decidirão o dilema. Todo o planeta aguarda apreensivo. Fabricantes de armas estão impacientes.

A estratégia americana consiste em tentar isolar China e Rússia. Encravaram bases militares em torno dos dois gigantes, criando alvos por toda a Europa e Ásia. A presença de bases militares próximas a eles direciona seus alvos para lá, ameaçando europeus e asiáticos tornando-os reféns dos americanos. Reféns humanos. Escudos dos americanos que os ameaçam, a todos, assim, indiretamente.

Temos uma sorte relativa devido a nossa posição privilegiada. Talvez sejamos premiados com poucas bombas, mas a destruição dos satélites perpetrada por ambos os lados deve destruir o ozônio do hemisfério sul, deixando o sol venenoso. Há cenários muito mais pessimistas. Catástrofes climáticas e ecológicas podem piorá-los muitíssimo.

Os chineses construíram bases militares em ilhas artificiais no mar da China na tentativa de proteger um de seus flancos. Os americanos, donos do mundo, não reconhecem a posse chinesa. As provocações ocorrerão ali.

O pesadelo: após a posse do presidente americano, ocorre atrito entre barco americano e chinês, nas proximidades das ilhas. O incidente resulta em naufrágio do navio americano, e pretexto para um ataque massivo a China e Rússia. Um bilhão de mortes no primeiro ataque seriam recebidas como bom resultado. Outras bilhões de mortes se sucederiam. Ocorre o revide. A contagem de sobreviventes torna-se mais fácil que a de mortos. O resultado preciso é imprevisível, garantido, apenas, um sofrimento sem precedentes.

Se ainda nos resta algum bom senso, tentaremos evitar essa catástrofe. Talvez todos os povos possam se unir contra a insanidade. Seremos insuflados a ela pelos meios de comunicação. O naufrágio do navio americano será forte pretexto, forte justificativa para a aprovação mundial da insânia selvagem. Talvez tenhamos que nos mobilizar, em todo o planeta, contra as bases americanas plantadas por todo o mundo, e contra um ataque insano, destruidor e sem volta.

A alternativa também também é contundente, será o colapso do ocidente, e do atual sistema econômico. Haverá escassez e fome. Compreenderemos o real significado da palavra “crise”. Grassará a miséria por todo o planeta.

É provável que as olimpíadas de 16 venham a ser lembradas como a última grande festa de tempos passados de bonança. Festejemos como se não houvesse amanhã; talvez não haja.

Feliz ano novo.