À Fátima
Hoje eu vim me dar conta
Que o tempo voa e não volta
Mas vem a memória e afronta
Trazendo o passado com escolta
Me lembro dos tempos de escola
Do bom menino que eu era
Minha vida era só jogar bola
Deixava a tristeza na espera
Mas chega a maturidade
Com ela, a saída do ninho
Conheço a palavra saudade
É o preço de um novo caminho
Só peço que o tempo preserve
O que eu tenho guardado no peito
E que o amanhã me reserve
Aquilo que é meu por direito
De casa, da rua, das quadras
Lugares que eu nunca me esqueço
Saudade da minha terra amada
À Fátima o meu apreço
Faz falta o carinho dos pais
Um abraço, um afago, um chamego
Passado que não volta mais
Esse tempo é presente de grego.