Como em um torvelinho
A segunda lei da termodinâmica nos assegura que o conjunto do universo tende à desordem, de modo que para se organizar algo localmente, acaba sendo necessário gerar uma desorganização externa ainda maior. Mais ou menos assim: para organizar qualquer pedacinho do mundo, temos que desorganizar ainda mais o restante; para limparmos e arrumarmos nossa casa, por exemplo, acabamos inexoravelmente gerando algum lixo e bagunça do lado de fora. Embora os físicos tenham descoberto e se apropriado dessa lei, ela é mais uma propriedade dos conjuntos que propriamente das coisas, sendo aplicável, portanto a grupos em geral, sejam do que forem, materiais, ou não. Devem valer até para conjuntos de ideias, de sonhos, ou de qualquer “coisa” que possamos pensar de maneira agrupada.
Sabe-se, há muito, que os seres vivos são especialistas nesse tipo de organização local. Constroem, corriqueiramente, coisas extremamente complexas, como cópias de si mesmos, ao custo da desordem externa, da desorganização do mundo ao redor (efetivamente, na biosfera, isso significa transformar luz em calor).
Recentemente descobriu-se que o fenômeno é mais geral do que se supunha, válido para todos os sistemas, não apenas os que incluem seres vivo, grandes especialistas na tarefa.
Creio que a concentração de renda e poder crescentes sejam mais uma face do mesmo fenômeno. Estamos compondo um imenso ser plural, uma imensa colônia desconexa mas una, com vontades e desígnios próprios, que nos controla, a cada um de nós, muito mais que nós a eles. Esse leviatã de múltiplas cabeças, essa rede imensa, gasta uma quantidade de energia muito superior à que o conjunto da população humana necessita, de fato, para viver. Tal energia, crescente, corresponde aos gastos do monstro glutão, insaciável. É ele que nos tem obrigado a buscar mais e mais petróleo, e a explorar todas as outras formas de energia; seu apetite é voraz. É ele que nos tem compelido a destruir nosso mundo.
https://www.youtube.com/watch?v=GXFSK0ogeg4
Há urgência em que deixemos de agir como formigas para nos assumir como indivíduos e exigir os direitos que nos estão sendo usurpados e sugados pelo monstro que, simultaneamente, destrói nosso mundo.
Estamos à beira de um colapso financeiro internacional. A dívida americana atual, de 18 trilhões de dólares (18 TRILHÕES!), deverá chegar bem perto dos 22 trilhões na virada 16/17, após ano eleitoral, e crescendo como uma bola de neve, algo terá que ser feito.
De fato, para os americanos (riquíssimos, produtores de dinheiro) a dívida individual, por cabeça, nem será tão grande, perto de 100 mil dólares. O valor, não precisaria assustar pessoas tão ricas, poderia vir a ser pago. Fica sem resposta, no entanto, a questão: mas quem pagará os 30 trilhões? Não encontrarei quem aposte no pagamento. A lembrança de que os americanos seguram o porrete e o têm usado com a mesma prodigalidade com que usam o dólar assegura a improbabilidade de que se encontre quem cobre a dívida.
O débito americano total confesso beira o quatrilhão de dólares (QUATRILHÃO!).
Confira esses dados aqui:
http://www.usgovernmentdebt.us/
Pleiteia-se a substituição dos atuais donos do mundo, e da introdução de uma nova ordem mundial.
Os detentores do poder têm se armado contra a população gerando medo e insegurança, fomentando o que chamam terrorismo e amplificando a extremos seus efeitos, justificando, com isso, toda a sorte de ações bárbaras há muito repudiadas pelo mundo civilizado. Em nome da luta contra o terrorismo justificam-se leis selvagens, assassinatos e torturas.
Em nome da luta contra o terrorismo justificam-se até ações terroristas próprias, como as que são vistas em cenas brutais de drones atirados contra indivíduos.
À maneira de gangsters, os facínoras que assassinaram Bin Laden ocultaram cadáveres e demais provas materiais do crime.
Os distúrbios que se seguirão ao colapso financeiro do ocidente justificarão a ira dos poderosos que revidarão (esse é o plano). Dividirão as populações do mundo inteiro jogando-as contra si mesmas, e umas contra outras. Conscienciosos e atentos em manipular os cordões de comando das marionetes no grande palco do mundo, não perceberão as cordas atadas a seus membros, determinando precisamente seus movimentos de comando. O poder corrompe. O poder embebe tudo o que se lhe acerca.
Indivíduos lutarão pela libertação, tentarão cortar os cordões de controle das marionetes. O poder os punirá por isso, instaurará a confusão e a fumaça para que se desentendam e lutem uns contra outros.
Esse será um momento crucial para a humanidade, quando a grande rede que nos envolve tentará o passo decisivo para sua consolidação, organizando-se como uma imensa criatura consciente e pensante constituída por indivíduos humanos, seus escravos/neurônios atrelados a ela “por livre determinação”, embora inconscientes do que fazem. Sua arma mais forte será a sedução.
A neuronização, a coagulação dos indivíduos formando um grande cérebro, se assemelhará a uma cristalização. Será iniciada a partir de uma semente lançada próxima ao centro de poder. Os que fizerem usos de artefatos como os óculos do google e demais parafernálias tecnológicas serão os primeiros a condensar, a cristalizar, a se transformar em neurônios do imenso leviatã. Esses primeiros grânulos contagiarão os que estiverem ao redor, como vampiros, ou redes cristalinas. Como é usual em tais processos, o passo anterior desencadeará o seguinte.
A ameaça de uma guerra apocalíptica iminente também nos espreita. O heroísmo insuflará muitos de nós, mas talvez sucumbamos, talvez já tenhamos sucumbido, restando apenas a atualização de memórias atávicas na mente da criatura imensa.
Somos criaturas estranhas; não nos horroriza a dor, nem o sofrimento, o que nos horroriza é a surpresa.