Monólogo de Solidão
Amor... Trabalho... Problemas... Tudo uma loucura... A vida se vai... O companheirismo fica... Adormecido... E olha a prova... Hoje estou enterrada em minhas amarguras... Quero abraçar a todos que amo... E quem me abraça?...
O vento gelado e as lágrimas quentes, que cortam meu rosto... E esta minha solidão... Que me espanta... E me faz pensar que a felicidade nunca chegará... E assim... A cada dia... Vai se prolongando minha história... E as páginas somente sentirão falta de minhas mãos trêmulas quando terminar a vida... E a tinta desbotada irá florescer as lembranças daqueles que um dia não se deram conta do quanto eu os amei e o quanto desejei ser feliz ao lado deles... E um novo tinteiro será aberto... E cada um terá seu álibi... Mas nem todos terão coragem para descrever seus sentimentos... Não haverá no céu uma estrela guia... Estará sobre o poder da terra... E sob a terra... Irá se identificar através de uma cruz abandonada... Esquecida... Num túmulo sem flores e sem vida.
Branca Tirollo