Fêmea

A Cadela está presa

Choraminga

Suas patas doem

Seu sangue se doa

O cio é medonho

As tetas frias e amargas

Parece apenas uma fêmea sem espécie

E como não pensa somente sofre

Não pensa mas intui

Não pensa mas tem vida em si

Não pensa mas sangra

Não, não ela não pensa

Ela ainda vive

Em um salto de força

Se desprende, se solta

Ainda fraca corre

Foge

Voa pelo horizonte

Já não é animal

É fêmea livre ventania

Aurora do término parcial

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 11/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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