Fêmea
A Cadela está presa
Choraminga
Suas patas doem
Seu sangue se doa
O cio é medonho
As tetas frias e amargas
Parece apenas uma fêmea sem espécie
E como não pensa somente sofre
Não pensa mas intui
Não pensa mas tem vida em si
Não pensa mas sangra
Não, não ela não pensa
Ela ainda vive
Em um salto de força
Se desprende, se solta
Ainda fraca corre
Foge
Voa pelo horizonte
Já não é animal
É fêmea livre ventania
Aurora do término parcial