Mais sobre mentiras
Nosso “analfabetismo matemático” permite a fermentação de umas mentiras engraçadas, mas, que podem ser muito claramente expostas. Já há tempos, os meios de comunicação vêm alardeando uma suposta crise econômica chinesa. A “crise” seria evidenciada pela queda do aumento do PIB anual chinês, de 12%, anos atrás, para estimados 7% este ano.
Mas, atente, não se trata de uma queda no PIB, mas uma redução no aumento do PIB. A diferença entre ambas é enorme.
A mentira vem sendo alardeada sob essa roupagem, utiliza-se a palavra “queda” para se referir a uma economia pujante em crescimento de 7% ao ano, a que mais cresce no planeta!
A mentira vem sendo reforçada por imagens, veja esse gráfico, parece mostrar uma queda econômica.
http://imgsapp.diariodepernambuco.com.br/app/noticia_127983242361/2013/01/19/418739/20130119162725311604a.JPG
Mas, na verdade, o gráfico que mostra o crescimento econômico é esse:
http://og.infg.com.br/in/16303710-34d-fcd/FT1086A/420/economia-pib-paises.jpg
mostrando que a economia chinesa é a que mais cresce no mundo. Mas esses dados têm sido ocultados. Esse gráfico só foi sacado para enfatizar a queda do PIB brasileiro, o que, aliás, remete a outro pacote de mentiras.
Corre por aí a desinformação generalizada de que uma suposta desativação da economia chinesa teria reduzido sua procura por matérias-primas, uma mentira descarada evidenciada pelo gráfico acima; o crescimento chinês é de 7%, uma enormidade, o maior do mundo.
Atribui-se a esse suposto e inexistente desaquecimento econômico a queda da procura e consequentemente dos preços das matérias-primas, o que teria causado a crise brasileira.
De fato, os preços desses produtos têm caído, apesar do aumento de seu consumo. Ou seja, o comércio mundial desses produtos tem crescido, embora o preço deles esteja baixo. O aviltamento desses preços facilitará a aquisição, pelos chineses, das empresas produtoras no Brasil a preço de banana.
O Brasil tem aumentado sua produção e exportações, evidenciando o fato de que a crise brasileira é uma crise financeira, muito mais que real, da produção. Essa crise, no entanto, compromete a capacidade de investimentos. A torcida querendo afundar o próprio barco também atrapalha.
A economia chinesa já superou a americana em valores reais, e continua crescendo em ritmo galopante. A economia americana continua se arrastando. Os “bons números” americanos mostrados, por exemplo, no gráfico acima, são sustentados por uma dívida gigantesca. Pode-se dizer que o crescimento econômico americano tem sido comprado. Enquanto a produção chinesa cresce em ritmo acelerado, ano após ano, a produção americana permanece estagnada.
Acho provável que essa maquiagem dure até a eleição americana. A revelação da realidade ocasionaria consequências catastróficas para o pleito. O cenário tende a permanecer estável até lá, qualquer turbulência é temerária. O risco de um ataque à China é enorme.
O FMI deve oficializar a utilização do yuan como moeda internacional. Ele roubará o protagonismo do dólar logo após as eleições americanas. Em seguida, os Estados Unidos desmoronarão. Temo uma grande guerra.