SEMPRE AO SEU LADO

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SEMPRE AO SEU LADO

É a historia de um filme que conta o seguinte:

Inicia a cena numa classe de aula em que os alunos são chamados a dizerem sobre o seu herói. É chegada a hora do aluno Roni, um nerd, falar sobre o seu herói. E a classe faz pouco caso dele ao dirigir-se a lousa para falar; escrevendo a palavra HACHI, explicando tratar-se do cachorro de seu avô. A cena muda para o Japão surgindo um monge tocando um enorme sino, em seguida aparece um cachorro numa pequena jaula, na caçamba de uma camionete e o despacho para os EUA. Ao chegar à encomenda no seu destino, o despachante deixa partir a etiqueta de identificação do remetente e destinatário, e o carregador ao transportar para o trem, deixa cair à gaiola com o cachorro, na plataforma da estação ficando no meio do caminho até que ele consegue abrir a portinhola e sair para plataforma de embarque do trem.

Eis que surge um professor de música e ao ver um filhote de cachorro perdido na plataforma, trata de pega-lo e levar até ao chefe da estação. Este por sua vez, não quer ficar com o cachorro até que o destinatário viesse a reclamar. Pois a única identificação existente na coleira era um anagrama do Japão (dois hachi) que significa o número oito, que em japonês se pronuncia hachi.

Richard Gere, o professor de música, por falta de opção, vai pra casa altas horas da noite, com o Hachi, e o deixa afofado numa sala de musica, entre almofadas, fechando a porta com cuidado para que ele não saia, e vai ao encontro da esposa que o aguarda ansiosa e carente de carícias, se recolhendo no leito nupcial.

No auge do clímax, ouve-se o som de uma nota musical do órgão da sala de música, provocado pelo cachorro que pisa a pedaleira do organista. Interrompido as carícias e assustada, ela pergunta ao marido se ele não ouviu nada, ao que ele desconfiado do que se sucedera, acalma-a com um desculpa fugaz, e continuam suas carícias, até que o cachorro consegue se desvencilhar do seu cativeiro, sobe ao andar do sobrado, chegando até o quarto do casal, lambe a sola do pé da esposa Sarah Roemer; assustada com um grito histérico finaliza aquele encontro amoroso, causando antipatia com o cachorro, provocando uma desavença incontornável entre o casal. Em face de problemática conjugal, ele se dispõe a divulgar cartazes com a foto do Hachi, informando o telefone de contato a quem possa interessar.

Mas o professor de música inicia um adestramento do animal, ocasionando momentos ridículos de postura humana, quando fica de quatro e cata do chão com a boca uma bola de tênis, e atira longe para o cachorro ir busca-lo, é flagrado na hilária sena, pela mulher ao vê-lo pela janela, justamente na hora em que o telefone toca e ela atende alguém interessado no animal anunciado, mas em virtude da sena degradante que ela assistiu sede ao carinho do marido pelo cão, dizendo ao telefone que já fora doado o animal.

Surge a filha do casal que também se interessa pelo cachorro, e por fim até a esposa acolhe carinhosamente aquele hospede.

Todas as vezes que o professor vai trabalhar e se dirige a estação de trem, o Hachi segue-o e os vendedores ambulantes assistem aquela fidelidade, presenteando com alimentos do seu comercio ao cachorro, que após a partida do trem volta pra casa e retorna no fim de tarde aguardando o seu dono na Praça, até o trem chegar à estação.

Por muitas vezes fora impedido de o cachorro sair de casa, mas uma vez cavou um buraco debaixo do portão de serviço, outra vez saltou por cima do mesmo portão, até que pela insistência canina fora liberado seu acesso à via publica.

Um dia, durante a aula de música o professor teve um mau súbito que o levou ao infarto e via de consequência fora a óbito. Mas o cachorro continuou em Praça Pública aguardando o seu dono que não chegara mais. A viúva se mudou de habitação e o cachorro passou a fiar na estação aguardando o seu dono por muitos e muitos anos. Hoje se encontra erigido uma estatua do Hachi em homenagem a sua fidelidade.

Termina o filme com a classe de aula e o Roni contando que não conheceu seu avô, mas que pela história do Hachi ele considera seu avô o seu herói, e a classe mudando seu semblante de ouvinte de um nerd para aclamação de um líder.

Moral da história:

Uma cultura que vai do oriente para o ocidente; a transformação da vida de dois indivíduos para uma conjugal; não há extremos entre o humano e o animal, mas uma complementação de fidelidade justa e perfeita. O número oito é mais que varias unidades coesas para ser um símbolo de dois círculos tangentes por um ponto centra de união que faz dois mundos se completar, quer sejam no mineral, animal, continental em universal e infinito na sua apresentação horizontal. O mesmo hachi objeto de captura de alimentos o é também um algarismo que representa o coletivo de determinadas unidades.

São Paulo, 23 de outubro de 2015.

José Francisco Ferraz Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 24/10/2015
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