Muitas pessoas gostam de reverenciar o sol.
Abrem os braços para receber seus raios de luz, sua energia.
 
Outras reverenciam a lua.
Dançam sob sua luz branca e fria, tentando desvendar segredos dos seres pequeninos da floresta.
 
Algumas, como eu, acredito, veneram a hora cinza.
Àquela hora em que já não é noite e nem é dia. O momento em que a escuridão sai mansamente...
 
Hora dos amantes.
Da criatividade dos insones.
Hora em que nossas defesas são abaixadas e nossos pensamentos permeiam a insanidade...
 
Hora em que a sinfonia silenciosa penetra em nosso âmago e a brisa sussurra diante da beleza etérea do mistério, desta hora, pálida e cálida, paradoxalmente.
 
Essa, seria a hora em que eu gostaria de partir...
 
20 de outubro de 2015