Práticas abusivas, pessoas abusivas, recompensa e punição.
Somos todos animais. Claro, supostamente temos o poder de raciocinar, pensar... Mas ainda é muito cedo para afirmarmos que os animais também não possam fazer isso. Mas deixando de lado esse assunto controverso, trataremos de pensar em como um comportamento animal (seja humano ou dos animais "irracionais") pode ser alterado através de simples práticas de recompensa e punição.
Se, por exemplo, você tem um cachorro agressivo, você mesmo pode alterar este comportamento com um simples borrifador de água e alguns biscoitos. Quando ele te morder, borrife a uma distância segura em seu rosto, isso servirá como uma punição á um comportamento que deve ser alterado. Supondo que toda vez que você venha à acaricia-lo ele te morda, faça questão de acaricia-lo, espere a mordida e borrife a água. Se, após um tempo você notar que ele não responde ao carinho de forma agressiva, dê um biscoito, isso será a recompensa.
Com um humano não é diferente, como por exemplo com sua filha ou seu filho. O sistema de recompensa e punição é usado diariamente, professor com seus alunos, pais com seus filhos, namorados para com suas namoradas, chefe com seus funcionários. De certa forma é construtivo, mas cuidado para não chegar ao ponto de se tornar uma prática abusiva. Pois é, muitos a usam apenas por bel prazer, por esporte ou até mesmo por sadismo.
Um exemplo claro disso, e bem explícito, é quando a criança tem um comportamento inadequado em casa, e o pai a deixa de castigo, ou a pune com palavras hostis ou até mesmo palmadas. E quando a criança tem um bom comportamento, o pai à leva ao shopping, compra um Mcdonalds ou a presenteia. Isso com o tempo, vai sendo fixado na mente da criança, que nesse estágio é como uma massa moldável.
Porém também existe o lado negro de tudo, como todo elemento humano.
Por exemplo, se alguém de maneira cruel e abusiva deseja mudar as crenças, a religião, os pensamentos ou a opinião sobre determinado assunto de uma pessoa (de forma resumida, alterar sua persona), ela pode tentar descobrir o que faz esta determinada pessoa se sentir mal. Por exemplo, Patrícia odeia ser chamada de gorda, isso a deixa extremamente constrangida e frustrada. Então, se em determinado momento alguém decide alterar a persona de Patrícia, basta acompanha-la, por exemplo, se ela for à uma Igreja e orar, alguém discretamente a chama de gorda, de maneira que apenas ela escute. Ela irá associar este momento aonde ela tem paz, com a dor psicológica de ter sido chamada de gorda. Com o tempo, essa associação latente irá mudar seus gostos e até mesmo sua religião.
Tudo é dúbio, um bisturi pode salvar uma ida ou desfigurar o rosto de alguém. Cabe a nós termos responsabilidade e ética.