Para quê? _ Um pouco da Cultura Coaching
“Faz tempo que quero algo, quero alcançar uma meta, mas parece que fico patinando e não saio do lugar”.
Você já se disse isso alguma vez? Num diálogo interno você diz isso para você? Porque eu já me surpreendi fazendo-me essa queixa de mim para mim mesma várias vezes.
Fazemos coisas rotineiras até que muito bem, graças a Deus, sem muito pensar. Nossa vida seria um caos se tivéssemos que pensar muito para andar, tomar banho, escovar os dentes, os cabelos, lavar a louça. Fazemos tudo isso, provavelmente pensando em outras coisas, talvez até resolvendo como fazer outras coisas depois.
Ações que já se tornaram mecânicas viram hábitos e bons hábitos facilitam nossa vida. Maus hábitos tornam-se vícios, e em outros momentos podemos também falar deles.
Falávamos de metas que queremos alcançar e que nos colocamos tão distantes delas que elas nos parecem impossíveis de serem atingidas. Quero arrumar o guarda-roupa, quero guardar dinheiro, quero estudar inglês, quero aprender a dirigir, a dançar, fazer academia, tantas coisas eu quero e não faço. Se começo, não vou um mês e interrompo.
Popularmente se diz sobre isso ‘está ruim, mas está bom.’ Estamos na zona de conforto. Mudar causa esforço, desconforto até, por uns tempos. Ações viram hábitos, se as repito todos os dias.
Implantar um hábito, diz a ciência, leva 21 dias de esforço sem descuido. Após, devo perseverar até 90 dias, para que a ação seja mais leve, e então é prosseguir até um ano, para que se instale o hábito. Vai um ano até que uma ação se torne hábito e eu possa confiar no piloto automático!
Para tudo isso acontecer eu tenho que ter dentro de mim um grande querer, um grande para quê. Se quero emagrecer, só pra ver o ponteiro da balança mudar, ai, ai, não vou conseguir, não terei motivação suficiente dentro de mim. Se quero emagrecer para melhorar minha auto-estima, para reconquistar ou seduzir novamente alguém, e mais, para ser feliz novamente, ah, sim, aí as coisas mudam, porque tenho bons motivos para resistir a apelos tão fortes nas festas e comemorações e no cotidiano, como incríveis sorvetes, cervejinhas extras, etc..
Arrumar o guarda-roupa para quê? Vai me facilitar a vida? Talvez ainda seja pouco para me fazer reservar um fim de semana inteiro separando coisas e reorganizando espaços; vou preferir fazer ‘coisas mais atraentes’, direi.
Qual é o meu grande motivo para eu fazer ou mudar algo que quero? Quão intenso e forte é o meu querer?
Quando eu souber minhas grandes causas e o que me leva a querer mudar, terei ânimo suficiente para começar uma coisa e terminar, para lembrar-me de tomar água mais vezes, trabalhar, otimizar espaços, emagrecer, ler, estudar, estudar línguas, tocar um instrumento musical e o que mais quiser traçar como meta em minha vida. Aliás, quando queremos mesmo mudar ou fazer novas coisas, este é só um aspecto importante que devemos considerar. Sobre outros, falamos depois.
Neusa Storti Guerra Jacintho é terapeuta e coach e atende presencialmente ou por Skype. Celular de contato no site: www.neusastorti.com.br