Imagem Google – Alain Delon
Desenhos – originais meus.

 
 

 
O BOM VELHO CINEMA FRANCÊS
 

 
Ah, que saudades do bom velho cinema francês!
Talvez o mais emblemático do Velho Continente durante as décadas de 50 a 80, foi o principal e mais abrangente, após o ocaso do cinema italiano, mais virado para comédias de segunda e pornochachadas. O cinema inglês, de autor mas mais exclusivista, tal como o alemão e o nórdico, também se dedicaram a um público restrito, pelo que a sua divulgação e êxito foram relativos.

Para além das velhas glórias como Abel Gance, Jacques Tati, Jean Renoir, Jean Vigo e Marcel Carné, famosos realizadores do passado, que fizeram a transição do preto e branco para a cor, é imprescindível referir os bons diretores que fizeram carreira nas salas de cinema mundiais:
François Truffaut, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Agnès Varda (a única mulher da lista), Jean-Jacques Annaud,  Luc Besson, Claude Chabrol, René Clement,  Jacques Deray e Henry Tourneur, são os principais a focar.

Em termos de atores destacam-se os nomes de Isabelle Adjani, Brigitte Bardot, Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Marion Cotillard, Bernard Blier, Charles Boyer, Claude Brasseur, Leslie Caron, Maurice Chevalier, Louis de Funès, Catherine Deneuve, Gerard Depardieu, Françoise Fabian, Isabelle Huppert,  Christophe Lambert, Jean Marais, Paul Meurisse, Yves Montand, Jeanne Moreau, Gérard Phillipe, Michael Serrault, Simone Signoret, Michel Simon, Audrey Tautou e Juliette Binoche.

Evidencio, pelas minha simpatias pessoais, os seguintes atores, referindo alguns dados pessoais relevantes:






- Michel Piccoli (1925 - ), trabalhou com alguns dos principais realizadores europeus, nomeadamente Luis Buñuel e Claude Sautet, interpretando papéis em filmes como  O Desprezo (Jean-Luc Godard), A Bela da Tarde (fez seis filmes com Luis Buñuel) e A Grande Comilança, onde contracenou com outro dos meus eleitos, Phillipe Noiret.   
 

 


- Annie Girardot
(1931 - 2011)  Foi uma atriz de cinema e teatro, vencedora de dois prêmios  César.  
Foi uma das mais populares e respeitadas atrizes da França desde os   anos 60.
 
 




- Philippe Noiret  (1930 - 2006)
- Recebeu dois prémios  César e é sobretudo reconhecido pela sua participação  nos  filmes   Cinema Paraíso e O Carteiro de Pablo Neruda, para além do já mencionado A Grande Comilança.



 


- Jean-Paul Belmondo (
1933 - ) - É também conhecido como Bébel.
Na juventude, não foi muito bem nos estudos, mas desenvolveu uma grande paixão pelo boxe e pelo futebol.
Pensou em tornar-se boxeador profissional, mas desistiu após duas lutas.
A sua primeira grande performance foi em Sem Fôlego (Breathless) de Godard, que o tornou um dos grandes atores da  Nouvelle Vague, seguindo-se Pierrot, o Louco, também de Goddard.
Contracenou com Catherine Deneuve no filme A Sereia do Mississipi.
 
 




- Alain Delon (1937 - ) - Quando tinha apenas quatro anos, seus pais divorciaram-se. Delon foi adotado por um casal, mas pouco tempo depois o casal foi assassinado e Delon retornou para sua mãe verdadeira, agora casada com um outro homem. Nesta altura, constatou ter uma meia-irmã e dois meio-irmãos. Viveu uma infância problemática, sendo expulso de várias escolas. Aos 15 anos parou de estudar e aos 17 anos alistou-se na marinha francesa, lutando na  Indochina.

 
Em
1956 passou a viver em  Paris. Sem dinheiro, trabalhou como porteiro, garçon, vendedor. Nessa época, Delon conhece e torna-se vizinho da futura cantora, Dalida. Só há pouco tempo ele revelou que os dois haviam tido um caso nessa época, mesmo assim, continuaram sendo grandes amigos.
 

No filme
Christine contracenou com a atriz Romy Schneider e por ela se apaixonou. Em 1959, foram morar juntos e o relacionamento deles durou cinco anos.

A beleza física de Delon transformou-o em sex simbol dos anos 60 e 70. Apesar disso, sempre lutou para ser reconhecido como um grande autor e não apenas um rostinho bonito.
 
O primeiro grande papel de Delon no cinema foi como Tom Ripley 
no clássico suspense O Sol Por Testemunha (1959), dirigido pelo cineasta   René Clément, baseado num livro da escritora  Patrícia Highsmith. Em  1960, Delon atuou em  Rocco e Seus Irmãos, dirigido por Luchino Visconti, um dos filmes mais adorados da história do cinema. Ator e diretor tornaram-se amigos e trabalhariam juntos mais uma vez em outro clássico, O Leopardo (1963), vencedor da  Palma de Ouro no Festival de Cannes.
 
Em 1962
, trabalhou com o cineasta Michelangelo Antonioni no  fime O Eclipse. Com o cineasta Jean-Pierre Melville, fez uma incursão nos filmes policiais, à boa maneira do filme negro americano, atuando em filmes como Le Samourai (1967), O Círculo Vermelho (1970) e Un flic (1971). Fez ainda mais alguns filmes mas em 1997, para tristeza dos fãs, Delon anunciou que pararia de atuar, decepcionado com o rumo do cinema francês.
Delon possui vários produtos com seu nome, incluindo     roupas, perfumes, óculos e cigarros.

Em 2008 retornou ao cinema no filme Astérix nos Jogos Olímpicos, no papel do conquistador romano Júlio César.
 
 

Atualmente o cinema francês quase não tem expressão, são raríssimos os filmes que poderão merecer destaque, pelo que os melhores atores franceses desde há algum tempo que se internacionalizaram, trabalhando, nomeadamente, em Hollywood.













 
ESTE TEXTO É SOBRETUDO DEDICADO A TODOS OS RECANTISTAS CINÉFILOS.










 
Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 21/09/2015
Reeditado em 22/09/2015
Código do texto: T5389314
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