Da mesma forma que na Maçonaria, a doutrina da Cabala, em princípio, compreendia uma forma operativa e uma forma especulativa. A forma operativa congregava alquimistas e pesquisadores do oculto, na tarefa de encontrar meios de preservar a saúde, obter riqueza material, sucesso em empreedimentos profanos, ou simplesmente como processo de conhecimento, como uma forma de obter gnose.[1]
Dessa prática derivou-se uma forma de aplicar o conhecimento esotérico contido nas combinações numéricas e sonoras do alfabeto sagrado para a resolução de problemas da vida real. Essa prática, embora tenha rendido aos seus cultores muitas acusações de charlatanismo, não obstante, resultou em importantes descobertas e aplicações práticas no campo das ciências e da filosofia, como mostram Pawels e Bergier em sua obra, ao se referirem ao trabalho realizado pelos alquimistas na procura pela Pedra Filosofal.[2]
Nessa linha de Cabala Operativa podemos também elencar a prática adinhatória do Tarô, tipo de prognóstico que um operador, conhecedor da simbologia arquetípica da Cabala, faz, usando os símbolos e arquétipos contidos em cartas de baralho, relacionando-os com conteúdos inconscientes do consulente, e dando como resultado uma análise da sua personalidade e uma receita para ele lidar com seus problemas diários. Esse tipo de atividade cabalística apareceu na Europa no início do século XIV, e nada nos autoriza a buscar qualquer raíz dessa prática na história de povos antigos, egípcios e os caldeus, por exemplo, como alguns autores ocultistas pretendem. Até porque, essa prática, conhecida como jogo de Tarô é baseada em cartas de papel com iluminaturas de símbolos da cultura medieval, e sendo o papel um produto desconhecido na Europa até o século IX, não poderia essa prática existir antes dessa época.[3]
As cartas do Tarô representam diferentes estados de vida, visto pela ótica medieval. O Tarô, conforme o conhecemos hoje, parece que se originou na Itália. Há registros de um jogo semelhante sendo praticado em Veneza já em fins do século IV, onde se usavam setenta e oito figuras pintadas em tabuinhas de madeira, com iluminaduras. Dessas setenta e oito, sobressaim-se vinte e oito, que eram consideradas arquétipos principais, ou “trunfos” que cortavam todos os outros, inclusive o poder dos reis. Esses são os arcanos hoje conhecidos no jogo de Tarô moderno, ou sejam, o Saltibanco, a Papisa, a Imperatriz, o Imperador, o Papa, o Amoroso, o Carro, a Justiça, o Eremita, a Roda da Fortuna, a Força, o Enforcado, A Morte, a Temperança, o Diabo, a Casa-de-Deus, a Estrela, a Lua, o Sol, o Julgamento, o Mundo e o Joker, espécie de curinga que cabe em qualquer combinação.[4]
O jogo de Tarô, depois dos trabalhos de Jung e das suas descobertas de como o nosso insconsciente registra as diversas informações que o mundo nos fornece, deixou de ser considerado uma mera superstição medieval e passou a ser estudado com mais cuidado pelos interessados na psicologia do inconsciente. Isso porque cada uma das 22 principais cartas do Tarô representam arquétipos que simbolizam estados psicológicos que todo ser humano compartilha, pois eles pertencem ao Inconsciente Coletivo da humanidade. E nesse sentido, quer queiramos ou não, todos estamos, de alguma forma, relacionados á esses padrões estruturais da nossa psique, os quais são comuns a todos os povos e tempos. Assim, aprender o significado desses arquétipos e observar as relações que a nossa mente trava com esses símbolos pode ser uma excelente ferramenta para se aprender a lidar com os desafios que a vida nos coloca. Essa foi uma das aplicações mais conhecidas da Cabala Operativa, e ainda hoje é muito utilizada como técnica de terapia holística.
Já a Cabala Especulativa tratava de construir um sistema cosmológico e ético capaz de explicar as origens, o desenvolvimento e o processo de construção do universo e a maneira pela qual o homem podia interferir nele. À esta última forma pode-se associar os nomes de alguns cientistas e filósofos famosos, como Paracelso, Cornélius Agrippa, Robert Boyle, Robert Fludd, Eliphas Levi e outros, que foram alquimistas e pesquisadores da filososofia oculta, predecessores dos modernos cientistas.
Também integra a Cabala dita psicológica, parte mais moderna dessa doutrina, desenvolvida principalmente após as incursões de Jung nesse assunto. As concepções doutrinárias que hoje são trabalhadas nesse tema constituem uma eficiente ferramenta para os psicólogos e terapeutas holísticos que trabalham com orientação espiritual. É nesse sentido que a Cabala filosófica, estudando as relações da mente humana com a simbologia hospedada no inconsciente coletivo da humanidade, formada pelos chamados arquétipos, procura encontrar caminhos mais seguros para uma formação moral e ética do homem, levando-o a encontrar um maior equilíbrio entre os seus próprios desejos e o ambiente em que ele vive.[5]
A maior parte da doutrina moral ensinada pela moderna Cabala pode ser encontrada nos pressupostos do chamado pensamento positivo e nos ensinamentos da psicologia gestaltiana e nas técnicas utilizadas pelos praticantes da chamada programação neurolinguística. Isso porque, sendo a Cabala uma disciplina que trabalha fundamentalmente com a simbologia do inconciente, ela abre as portas desse mundo estranho e incompreensível que se hospeda nas camadas mais profundas da nossa psique, e nos trás respostas mais claras sobre aspectos ligados ás raízes do nosso próprio ego.
Tratando de temas tão caros á nossa vida moderna, como equilíbrio interior e interação com o meio ambiente, o sentido da vida, o processo cármico, a reencarnação, a integração entre ciência e religião, a busca do prazer e a forma de evitar a dor, a Cabala nos dá uma visão bastante ampla dos nossos processos interiores, e nos oferece respostas interessantes para todos esses questionamentos, sem excluir nenhuma crença. Ao contrário, proporciona um padrão de pensamento, que se bem orientado, pode oferecer uma visão integradora de todas as partes envolvidas no processo de desenvolvimento interno (espiritual) e externo (material) do mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo nos oferece uma visão confortadora do nosso papel nesse processo.
Como já dissemos antes, essa visão da Cabala como ferramenta de análise psicológica e aperfeiçoamento pessoal é um mérito de Jung. Ele analisou a personalidade dos mais famosos autores e praticantes do misticismo, especialmente grandes mestres cabalistas, praticantes de alquimia e autores gnósticos, e concluiu que geralmente a pessoa que atinge um alto grau de maturidade psíquica tem um lado místico bastante pronunciado. Não é, como comumente se pensa, um racionalista empedernido, que só acredita no que vê, e aceita só o que pode provar por meio de raciocínios lógicos ou laudos científicos.
Einsten chegou á mesma conclusão. Um de seus pensamentos mais famosos resume a sua ideia sobre ciência e religião:“ a ciência sem religião é coxa, a religião sem ciência é cega”, disse ele. Outra de suas frases famosas é a que afirma que a coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. O mistério é a fonte de toda arte e de toda ciência verdadeira.
Assim, a Cabala tem um lado prático que pode muito bem ser estudado de forma epistemológica, como se fosse, de fato, uma ciência de comportamento. Não é apenas mais uma aventura metafísica muito a gosto de taumaturgos fantasiosos, “mistificadores do improvável” como Pawels e Bergier chamam aos falsos mágicos que iludem a boa fé dos incautos que vivem á procura do maravilhoso em causas que são apenas naturais.[6]
A Cabala prática lida com a vida da forma como ela acontece. Ela mostra que o homem tem dentro da sua mente um mundo povoado de modelos que conformam sua forma de ser e de agir. E que esses modelos (arquétipos), que em muitos casos são tratados como divindades, podem ser acionados através de métodos muitos simples de meditação e ritualística própria, e nesse sentido serem trabalhados para que muitos caminhos sejam desobstruídos, ao invés de se tornarem aspectos conformadores de uma existência medíocre e infeliz.
Num certo sentido, a Cabala é um estudo metafísico (um conhecimento que está além do físico, além do que se vê), que nos dá acesso á conhecimentos que estão no núcleo inconsciente da nossa mente. Ela proporciona ao estudioso, através do conhecimento e do compartilhamento dos símbolos, uma ligação com aquilo que Jung chamou de Inconsciente Coletivo da Humanidade.
Como bem definiu Jung, os arquétipos presentes no inconsciente coletivo da espécie são universais e idênticos em todos os indivíduos, sendo compartilhados pela espécie humana em geral, em todos os tempos e lugares. Eles se manifestam de forma simbólica nas diversas religiões, mitos, contos de fadas e fantasias, que são mais ou menos padronizadas em todos os povos. Alguns arquétipos são os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo, poder, pai, mãe, ressurreição, etc.
Todos esses arquétipos são imagens preconcebidas que já existem “a priori” na mente da pessoa desde o seu nascimento e são desenvolvidas e moldadas conforme as experiências de vida do indivíduo. Assim, por exemplo, toda criança nasce com o arquétipo da mãe, ou seja, a imagem pré-formada de uma mãe, e à medida que esta criança presencia, vê e interage com a mãe, desenvolve-se nela uma imagem definitiva dela. Da mesma forma, o arquétipo mãe age no inconsciente da mulher para moldar nela a característica da maternidade, assim como o arquétipo pai dá ao homem o sentimento característico do pai. Outros arquétipos como casamento, a crença em um salvador, medo de tempestades, de cobras, o culto aos mortos, etc, também constituem parte dessa fauna misteriosa que está no Inconsciente coletivo da humanidade.[7]
Dessa prática derivou-se uma forma de aplicar o conhecimento esotérico contido nas combinações numéricas e sonoras do alfabeto sagrado para a resolução de problemas da vida real. Essa prática, embora tenha rendido aos seus cultores muitas acusações de charlatanismo, não obstante, resultou em importantes descobertas e aplicações práticas no campo das ciências e da filosofia, como mostram Pawels e Bergier em sua obra, ao se referirem ao trabalho realizado pelos alquimistas na procura pela Pedra Filosofal.[2]
Nessa linha de Cabala Operativa podemos também elencar a prática adinhatória do Tarô, tipo de prognóstico que um operador, conhecedor da simbologia arquetípica da Cabala, faz, usando os símbolos e arquétipos contidos em cartas de baralho, relacionando-os com conteúdos inconscientes do consulente, e dando como resultado uma análise da sua personalidade e uma receita para ele lidar com seus problemas diários. Esse tipo de atividade cabalística apareceu na Europa no início do século XIV, e nada nos autoriza a buscar qualquer raíz dessa prática na história de povos antigos, egípcios e os caldeus, por exemplo, como alguns autores ocultistas pretendem. Até porque, essa prática, conhecida como jogo de Tarô é baseada em cartas de papel com iluminaturas de símbolos da cultura medieval, e sendo o papel um produto desconhecido na Europa até o século IX, não poderia essa prática existir antes dessa época.[3]
As cartas do Tarô representam diferentes estados de vida, visto pela ótica medieval. O Tarô, conforme o conhecemos hoje, parece que se originou na Itália. Há registros de um jogo semelhante sendo praticado em Veneza já em fins do século IV, onde se usavam setenta e oito figuras pintadas em tabuinhas de madeira, com iluminaduras. Dessas setenta e oito, sobressaim-se vinte e oito, que eram consideradas arquétipos principais, ou “trunfos” que cortavam todos os outros, inclusive o poder dos reis. Esses são os arcanos hoje conhecidos no jogo de Tarô moderno, ou sejam, o Saltibanco, a Papisa, a Imperatriz, o Imperador, o Papa, o Amoroso, o Carro, a Justiça, o Eremita, a Roda da Fortuna, a Força, o Enforcado, A Morte, a Temperança, o Diabo, a Casa-de-Deus, a Estrela, a Lua, o Sol, o Julgamento, o Mundo e o Joker, espécie de curinga que cabe em qualquer combinação.[4]
O jogo de Tarô, depois dos trabalhos de Jung e das suas descobertas de como o nosso insconsciente registra as diversas informações que o mundo nos fornece, deixou de ser considerado uma mera superstição medieval e passou a ser estudado com mais cuidado pelos interessados na psicologia do inconsciente. Isso porque cada uma das 22 principais cartas do Tarô representam arquétipos que simbolizam estados psicológicos que todo ser humano compartilha, pois eles pertencem ao Inconsciente Coletivo da humanidade. E nesse sentido, quer queiramos ou não, todos estamos, de alguma forma, relacionados á esses padrões estruturais da nossa psique, os quais são comuns a todos os povos e tempos. Assim, aprender o significado desses arquétipos e observar as relações que a nossa mente trava com esses símbolos pode ser uma excelente ferramenta para se aprender a lidar com os desafios que a vida nos coloca. Essa foi uma das aplicações mais conhecidas da Cabala Operativa, e ainda hoje é muito utilizada como técnica de terapia holística.
Já a Cabala Especulativa tratava de construir um sistema cosmológico e ético capaz de explicar as origens, o desenvolvimento e o processo de construção do universo e a maneira pela qual o homem podia interferir nele. À esta última forma pode-se associar os nomes de alguns cientistas e filósofos famosos, como Paracelso, Cornélius Agrippa, Robert Boyle, Robert Fludd, Eliphas Levi e outros, que foram alquimistas e pesquisadores da filososofia oculta, predecessores dos modernos cientistas.
Também integra a Cabala dita psicológica, parte mais moderna dessa doutrina, desenvolvida principalmente após as incursões de Jung nesse assunto. As concepções doutrinárias que hoje são trabalhadas nesse tema constituem uma eficiente ferramenta para os psicólogos e terapeutas holísticos que trabalham com orientação espiritual. É nesse sentido que a Cabala filosófica, estudando as relações da mente humana com a simbologia hospedada no inconsciente coletivo da humanidade, formada pelos chamados arquétipos, procura encontrar caminhos mais seguros para uma formação moral e ética do homem, levando-o a encontrar um maior equilíbrio entre os seus próprios desejos e o ambiente em que ele vive.[5]
A maior parte da doutrina moral ensinada pela moderna Cabala pode ser encontrada nos pressupostos do chamado pensamento positivo e nos ensinamentos da psicologia gestaltiana e nas técnicas utilizadas pelos praticantes da chamada programação neurolinguística. Isso porque, sendo a Cabala uma disciplina que trabalha fundamentalmente com a simbologia do inconciente, ela abre as portas desse mundo estranho e incompreensível que se hospeda nas camadas mais profundas da nossa psique, e nos trás respostas mais claras sobre aspectos ligados ás raízes do nosso próprio ego.
Tratando de temas tão caros á nossa vida moderna, como equilíbrio interior e interação com o meio ambiente, o sentido da vida, o processo cármico, a reencarnação, a integração entre ciência e religião, a busca do prazer e a forma de evitar a dor, a Cabala nos dá uma visão bastante ampla dos nossos processos interiores, e nos oferece respostas interessantes para todos esses questionamentos, sem excluir nenhuma crença. Ao contrário, proporciona um padrão de pensamento, que se bem orientado, pode oferecer uma visão integradora de todas as partes envolvidas no processo de desenvolvimento interno (espiritual) e externo (material) do mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo nos oferece uma visão confortadora do nosso papel nesse processo.
Como já dissemos antes, essa visão da Cabala como ferramenta de análise psicológica e aperfeiçoamento pessoal é um mérito de Jung. Ele analisou a personalidade dos mais famosos autores e praticantes do misticismo, especialmente grandes mestres cabalistas, praticantes de alquimia e autores gnósticos, e concluiu que geralmente a pessoa que atinge um alto grau de maturidade psíquica tem um lado místico bastante pronunciado. Não é, como comumente se pensa, um racionalista empedernido, que só acredita no que vê, e aceita só o que pode provar por meio de raciocínios lógicos ou laudos científicos.
Einsten chegou á mesma conclusão. Um de seus pensamentos mais famosos resume a sua ideia sobre ciência e religião:“ a ciência sem religião é coxa, a religião sem ciência é cega”, disse ele. Outra de suas frases famosas é a que afirma que a coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. O mistério é a fonte de toda arte e de toda ciência verdadeira.
Assim, a Cabala tem um lado prático que pode muito bem ser estudado de forma epistemológica, como se fosse, de fato, uma ciência de comportamento. Não é apenas mais uma aventura metafísica muito a gosto de taumaturgos fantasiosos, “mistificadores do improvável” como Pawels e Bergier chamam aos falsos mágicos que iludem a boa fé dos incautos que vivem á procura do maravilhoso em causas que são apenas naturais.[6]
A Cabala prática lida com a vida da forma como ela acontece. Ela mostra que o homem tem dentro da sua mente um mundo povoado de modelos que conformam sua forma de ser e de agir. E que esses modelos (arquétipos), que em muitos casos são tratados como divindades, podem ser acionados através de métodos muitos simples de meditação e ritualística própria, e nesse sentido serem trabalhados para que muitos caminhos sejam desobstruídos, ao invés de se tornarem aspectos conformadores de uma existência medíocre e infeliz.
Num certo sentido, a Cabala é um estudo metafísico (um conhecimento que está além do físico, além do que se vê), que nos dá acesso á conhecimentos que estão no núcleo inconsciente da nossa mente. Ela proporciona ao estudioso, através do conhecimento e do compartilhamento dos símbolos, uma ligação com aquilo que Jung chamou de Inconsciente Coletivo da Humanidade.
Como bem definiu Jung, os arquétipos presentes no inconsciente coletivo da espécie são universais e idênticos em todos os indivíduos, sendo compartilhados pela espécie humana em geral, em todos os tempos e lugares. Eles se manifestam de forma simbólica nas diversas religiões, mitos, contos de fadas e fantasias, que são mais ou menos padronizadas em todos os povos. Alguns arquétipos são os conceitos de nascimento, morte, sol, lua, fogo, poder, pai, mãe, ressurreição, etc.
Todos esses arquétipos são imagens preconcebidas que já existem “a priori” na mente da pessoa desde o seu nascimento e são desenvolvidas e moldadas conforme as experiências de vida do indivíduo. Assim, por exemplo, toda criança nasce com o arquétipo da mãe, ou seja, a imagem pré-formada de uma mãe, e à medida que esta criança presencia, vê e interage com a mãe, desenvolve-se nela uma imagem definitiva dela. Da mesma forma, o arquétipo mãe age no inconsciente da mulher para moldar nela a característica da maternidade, assim como o arquétipo pai dá ao homem o sentimento característico do pai. Outros arquétipos como casamento, a crença em um salvador, medo de tempestades, de cobras, o culto aos mortos, etc, também constituem parte dessa fauna misteriosa que está no Inconsciente coletivo da humanidade.[7]
[1] Gnose, iluminação. Aqui o termo é empregado no sentido de obter o conhecimento necessário a uma elevação do espirito á um nível cósmico onde as grandes verdades do universo lhe são reveladas.
[2] O Despertar dos Mágicos, Ed.Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 26º Ed. 1996.
[3] O papel foi inventado na China por volta do ano 100 a.C, mas só foi trazido para a Europa pelos árabes no século IX, quando estes invadiram a península Ibérica.
[4] Alexandrian, op citado, pg. 240
[5] Arquétipos são modelos culturais formatados na sensibilidade que temos sobre a existência de forças ou “entidades” que a humanidade aprendeu a amar, temer, respeitar, enfim, dar a elas uma determinada valoração em seu material inconsciente. Exemplos de arquétipos são as figuras do pai, da mãe, reis, heróis, que representam estruturas de poder, e também práticas que se cristalizam no inconsciente dos povos como necessárias á sua sobrevivência, como o casamento, as crenças religiosas, o respeito aos mortos etc.
[6] O Despertar dos Mágicos, op citado, pg. 18
[7] Ver, a esse respeito, a nossa obra “O Tesouro Arcano”, que trata desse tema em conexão com referência á Maçonaria.