Laboratório de Produtos Florestais (LPF)

O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), foi criado em 1967 com a missão de conduzir a política florestal brasileira.

Em 1973, surgiu dentro da estrutura do IBDF o Laboratório de Produtos Florestais (LPF), com objetivo de gerar conhecimento e técnicas para contribuir com o desenvolvimento sustentável no setor florestal.

Inicialmente, o LPF funcionava nas dependências da Universidade de Brasília (UnB), sob a direção do Dr. Harry Jan van der Slooten, pesquisador da FAO (Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

Em 1977, o Engenheiro Mauro Silva Reis iniciou um ousado processo de ampliação das pesquisas científicas para conservação da Amazônia, que exigiu muito articulação política/administrativa, pois até aquele momento a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisas Agrícolas) detinha o monopólio oficial das pesquisas agrárias do Ministério da Agricultura.

Uma grande equipe atuava em experimentos e projetos diversos na descoberta de técnicas para a utilização e aplicação de produtos florestais madeireiros e não-madeireiros.

Esse trabalho de idealismo alcançou frutos, de modo que o Eng. Mauro Reis tornou-se o Presidente do IBDF, em 23 de maio de 1980, aumentando assim os esforços conservacionistas de proteção das florestas brasileiras.

Em 1985, o LPF conquistou seu espaço próprio, deixando as dependências da UnB, para se instalar em prédios amplos e modernos na sede nacional do IBDF.

O IBDF administrava as Florestais Nacionais e também possuía diversos Postos de Fomento (POFOM), que na prática eram viveiros de plantas para atender cultivos de projetos de reflorestamento, além se servir como espaços para pesquisa de espécies nativas. As ações do LPF fortaleceram os trabalhos executados por essa ampla rede de técnicos espalhados por todos os estados brasileiros.

Diversos profissionais do LPF se tornaram referência sobre o tema “política florestal” em âmbito nacional e até mesmo internacional. Só para citar alguns: José Arlete, Carlos Marx Carneiro, José de Arimatea Silva, Sebastião Kengen, Evaristo Terezo, Paulo Fontes, Gerson Sternadt, Maria Helena de Souza, Tereza Cristina Pastores, Mauro Mendonça Magliano, Mário Rabelo de Souza etc. Esses e tantos outros passaram a contribuir com instituições de ensino superior, ministrando aulas teóricas e práticas, orientando alunos de graduação e pós-graduação, oferecendo estágios curriculares e extra-curriculares e colocando a infra-estrutura à disposição das universidades.

Hoje, o LPF possui 42 anos de existência, com uma coleção enorme de resultados e conquistas. Ele foi criado no período conhecido como o “Milagre Econômico”, cuja palavra de ordem era o "desenvolvimento do país”. O governo executava obras grandiosas e disponibiliza enorme quantidade de recursos financeiros como créditos para promoção do crescimento.

Nessa avalanche de acontecimentos muito se temia pela destruição total dos recursos naturais, especialmente pela Amazônia – reconhecida mundialmente como a maior floresta tropical do planeta – título que muito orgulho traz para toda nação.

Durante aquele período havia, sim, muito incentivo ao “desenvolvimento”, contudo, felizmente, também existiam idealistas e sonhadores que queriam fazer algo diferente, como os que se envolveram nos trabalhos do LPF.

Olhando para trás, não tenho dúvidas de que com a criação do LPF nosso país passou a contar com uma instituição a altura do tamanha da biodiversidade nacional, produzindo ações significativas para preservar esse tesouro!!!

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Palmas - TO, Setembro de 2015.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

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Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 04/09/2015
Reeditado em 20/09/2015
Código do texto: T5370771
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