Perfis recantistas (60 - Marina Alves)
Habituée das manhãs, mas não tão madrugadora quanto Zebral e Cely, Marina é das aparições mais ansiadas. Seu cronicar do dia-a-dia - depois de alimentar sua galinhas e regar suas plantinhas - é como um croissant no café da manhã. Se quiser brear, breie, de manteiga, geléia ou nutella, mas pode degustar devagarinho, alternando com cada golinho.
E as interações da leitorada pululam feito os peixinhos alimentados por aquele santo português, o António - sem circunflexo lá pra eles - milagreiro e casamenteiro.
E é bem variado, e sempre leve, o volteio da pena dessa escritora de Lagoa da Prata, MG - que trocou seus óculos de professora - por um mais aberto viso que de tanto leitor tira o juízo. E isso sem falar nas vastas e bastas negras madeixas que, para o bem, para o mal, lhe reforçam aquele ar colegial. E tá nas suas páginas o diário Santo Graal.