______________________FEROZES SÃO OS HOMENS
Configurado o homem, todo o tempo celebrando as virtudes dos seus, lançado à civilização.
Porém, toda as noites uma mesma frase vinha-lhe repetidamente:
Porém, toda as noites uma mesma frase vinha-lhe repetidamente:
_ Entende-se melhor a fera quando diante dela. Entende-se melhor a fera quando diante dela...
Repetidas vezes, todas as noites.
Na companhia da espada, saía noite após noite em busca da possível fera. O Estado, louvava cristão em moedas qualquer homem que levasse como modelo de sua bravura, a cabeça de alguma fera.
Não foi diferente com ele. Saiu em busca, dedicado ao sonho e encorajado pela pátria. Pretendia colocar mais uma cabeça sobre a bandeira.
Bem preparado, adquirido de todas as preces, valeu-se da espada na companhia unicamente de suas próprias pernas.
Mais uma noite em vão. A maldita fera, nada!
_ Ouça, fera! O combante final está à sua espera. Fera covarde!
Mas nada. O ânimo estava lhe abandonando.
_ Se é verdade o que dizem da sua força, apareça!
Desafiava, noite após noite.
Um dia, a fera resolveu aparecer. Ansioso, levantou-se. Foi em direção a fera sem reger um único gemido que lhe denunciasse o medo. Medo tinha. Mas foi escrever o seu destino.
A fera, crescida, brotou feito sombra entre as árvores. Era de uma espécie rara, que há muito não se via por aquela floresta.
_ Entregue à pérfida maldade dos humanos? - questinou a fera.
_ Como ousas? - retrucou o homem.
_ A ponta da sua lança. Não há qualquer vestígio de sangue, ainda.
_ Desconhece as minhas leis, fera! Levarei a sua cabeça!
_ Vomita sobre a firmeza de suas pernas. Mas o que tem dentro de si é ainda pior do que poderia me causar essa lança.
_ À eternidade, venha! - desafiou o homem.
_ Não seja tolo, meu rapaz. Te conduziu com a máxima coragem para o seu glorioso feito. Mas convêm esperar um pouco mais. Não vou coroar a sua lâmina com a minha cabeça. Pois nem mesmo a ferida que abriria em minha garganta seria mais dolorosa que já nascer condenado com a carne de sua raça. Mas acho muito oportuna essa ocasião.
_ Ao grande ato! - preparou-se para matar a fera.
Mas a fera ria.
_ Seu túmulo é a sua cabeça e nele você dorme. Ouça: Entende-se melhor a fera quando diante dela.
_ Do que está falando, fera?
Era a maldita frase que ouvira todas as noites em seus sonhos. Como a fera poderia saber?
_ À fadiga das regras, das conquistas primitivas dos humanos. Chamam-me de fera ao rigor da própria estupidez.
O homem baixou a espada, estava confuso diante da fera tendo na ponta da língua aquela frase.
_ Meu rapaz, já desde criança eu lhe conheço. - continuou a fera, com a voz descansada. _ Sou a sombra de seu sonho. Sou eu entoando a frase, noite após noite.
_ Mas como pode ser? É a primeira vez que a vejo!
_ Se provado houvesse do seu sangue, quando pequeno em passeio aqui com os seus, não estaria aqui hoje transportado por suas pernas.
_ Você é o demônio! Está tentando me confundir!
_ Contigo não será diferente. Carregado foi desde pequeno por muitos demônios. Eu te esperava. Como esperam as feras pelos homens já crescidos e em busca de suas vitórias.
_ Demônios?
_ Os homens! Numa taça louvam suas riquezas regadas com muito sangue, na outra, estão celebrando os seus deuses. Hipócritas! Seus dentes são lâminas e a língua uma serpente! Os olhos dos homens se acendem diante de uma fera ou outra, mas o que querem mesmo é poder! Acredite, passada a injúria de vir aqui com a sua espada, não seja um tolo de tantas obediências.
A fera virou-se de costas e voltou para o ventre das árvores.
O homem esbravejava que iria matá-la, mas não o fez. Cravou a espada na terra, sentou-se. Para uma fera, até que a achou interessante. O hábito nocivo lhe impediria de conhecê-la mais a fundo. Empregar toda a sua força num ato primitivo, de fato, não o faria um pouco mais homem. Havia algo naquela fera... não foi um encontro inesperado... Perdido nos próprios pensamentos o homem ficou com a imagem da fera na cabeça, por um longo tempo ali sentado.
_ Cego capricho de afiar a lâmina da minha espada com a cabeça da fera. Espírito vivo, penetrante, um corpo de tremer em grito qualquer homem!
O homem ficou encantado pela coragem da fera, pela renúncia que fez ao ataque. A liberdade da fera foi tanta que virou-lhe as costas sem nem se preocupar com sua espada. Seguiu em paz, tranquila até mesmo para morrer fosse esse o caso.
O homem suspirou sentado, envolto por sua alma...
_ Realmente, é muito fácil ceder à barbárie humana!
Na companhia da espada, saía noite após noite em busca da possível fera. O Estado, louvava cristão em moedas qualquer homem que levasse como modelo de sua bravura, a cabeça de alguma fera.
Não foi diferente com ele. Saiu em busca, dedicado ao sonho e encorajado pela pátria. Pretendia colocar mais uma cabeça sobre a bandeira.
Bem preparado, adquirido de todas as preces, valeu-se da espada na companhia unicamente de suas próprias pernas.
Mais uma noite em vão. A maldita fera, nada!
_ Ouça, fera! O combante final está à sua espera. Fera covarde!
Mas nada. O ânimo estava lhe abandonando.
_ Se é verdade o que dizem da sua força, apareça!
Desafiava, noite após noite.
Um dia, a fera resolveu aparecer. Ansioso, levantou-se. Foi em direção a fera sem reger um único gemido que lhe denunciasse o medo. Medo tinha. Mas foi escrever o seu destino.
A fera, crescida, brotou feito sombra entre as árvores. Era de uma espécie rara, que há muito não se via por aquela floresta.
_ Entregue à pérfida maldade dos humanos? - questinou a fera.
_ Como ousas? - retrucou o homem.
_ A ponta da sua lança. Não há qualquer vestígio de sangue, ainda.
_ Desconhece as minhas leis, fera! Levarei a sua cabeça!
_ Vomita sobre a firmeza de suas pernas. Mas o que tem dentro de si é ainda pior do que poderia me causar essa lança.
_ À eternidade, venha! - desafiou o homem.
_ Não seja tolo, meu rapaz. Te conduziu com a máxima coragem para o seu glorioso feito. Mas convêm esperar um pouco mais. Não vou coroar a sua lâmina com a minha cabeça. Pois nem mesmo a ferida que abriria em minha garganta seria mais dolorosa que já nascer condenado com a carne de sua raça. Mas acho muito oportuna essa ocasião.
_ Ao grande ato! - preparou-se para matar a fera.
Mas a fera ria.
_ Seu túmulo é a sua cabeça e nele você dorme. Ouça: Entende-se melhor a fera quando diante dela.
_ Do que está falando, fera?
Era a maldita frase que ouvira todas as noites em seus sonhos. Como a fera poderia saber?
_ À fadiga das regras, das conquistas primitivas dos humanos. Chamam-me de fera ao rigor da própria estupidez.
O homem baixou a espada, estava confuso diante da fera tendo na ponta da língua aquela frase.
_ Meu rapaz, já desde criança eu lhe conheço. - continuou a fera, com a voz descansada. _ Sou a sombra de seu sonho. Sou eu entoando a frase, noite após noite.
_ Mas como pode ser? É a primeira vez que a vejo!
_ Se provado houvesse do seu sangue, quando pequeno em passeio aqui com os seus, não estaria aqui hoje transportado por suas pernas.
_ Você é o demônio! Está tentando me confundir!
_ Contigo não será diferente. Carregado foi desde pequeno por muitos demônios. Eu te esperava. Como esperam as feras pelos homens já crescidos e em busca de suas vitórias.
_ Demônios?
_ Os homens! Numa taça louvam suas riquezas regadas com muito sangue, na outra, estão celebrando os seus deuses. Hipócritas! Seus dentes são lâminas e a língua uma serpente! Os olhos dos homens se acendem diante de uma fera ou outra, mas o que querem mesmo é poder! Acredite, passada a injúria de vir aqui com a sua espada, não seja um tolo de tantas obediências.
A fera virou-se de costas e voltou para o ventre das árvores.
O homem esbravejava que iria matá-la, mas não o fez. Cravou a espada na terra, sentou-se. Para uma fera, até que a achou interessante. O hábito nocivo lhe impediria de conhecê-la mais a fundo. Empregar toda a sua força num ato primitivo, de fato, não o faria um pouco mais homem. Havia algo naquela fera... não foi um encontro inesperado... Perdido nos próprios pensamentos o homem ficou com a imagem da fera na cabeça, por um longo tempo ali sentado.
_ Cego capricho de afiar a lâmina da minha espada com a cabeça da fera. Espírito vivo, penetrante, um corpo de tremer em grito qualquer homem!
O homem ficou encantado pela coragem da fera, pela renúncia que fez ao ataque. A liberdade da fera foi tanta que virou-lhe as costas sem nem se preocupar com sua espada. Seguiu em paz, tranquila até mesmo para morrer fosse esse o caso.
O homem suspirou sentado, envolto por sua alma...
_ Realmente, é muito fácil ceder à barbárie humana!
Agora vou esperar a sua versão de acordo com essa música rs