Confiteor
O rapazim foi confessar e, compungido - como ao Pai é servido - admitiu pro confessor que tivera um caso com uma mocinha da sociedade local.
Do interior do confessionário, o padre lhe pediu declinar o nome da envolvida.
O jovem afirmou que já contara seu pecado mas que jamais entregaria a cúmplice em seu pecado. Achava aquilo uma traição sem perdão. O padre insistiu, insistiu, e, nada.
Dai, passou a perguntar:
- Teria sido o seu caso com a June, filha do padeiro, sempre de cara amarrada, no balcão?
- Não, e não!
- Ou quem sabe, seria sua amada, a filha do açougueiro, de faca e piada sempre afiada?
- Não, e não!
- Quiçá não seja seu amor a filha do Promotor, moça de tanta idéia, aquela bela Pompéia?
- Nenhuma delas, senhor confessor.
- Bem, meu filho, diante da gravidade de seu pecado, só pela metade confessado, vou ter que excomungá-lo até volte a ganhar o Brasileirão o desacostumado e desemplumado Galo...
E o o rapazim se foi, amargando a penitência. De encontro com seus colegas de copo e sem cruz, recobrou a saliência, a que se sentiu fazer jus:
- Levei uma exconhumão por tempo ilimitado, mas recebi três preciosas dicas que bem satisfazem o gosto das mais exigentes picas...suando em bicas.