Eu não quero ser isto; eu também não quero ser aquilo.
Eu já sou isto, eu já sou aquilo, naturalmente, independentemente do meu querer. Em alguns momentos eu gosto de escrever poesias, mas não me considero uma poeta. Eu gosto de escrever crônicas, mas não sou uma cronista. Eu gosto de escrever sobre coisas que vou constatando na vida, coisas que vão me mostrando o significado e a exatidão de seus sentidos, mas não sou uma filosofa. Eu gosto de brincar, mas não sou uma criança. Eu gosto de brindar, mas não sou um motivo.
Eu gosto mesmo é da liberdade de fazer as coisas das quais eu gosto sem rotulá-las.
Quando eu noto, estou escrevendo um poema, quando eu acabo de escrever um poema, estou escrevendo sobre algo que observei em alguma esquina pela qual passava distraidamente, quando algo me despertou à atenção.
Eu gosto dessa multiplicidade que aflora meu ser. Sem ter o compromisso de ter que me resumir para me definir para alguém. Simplesmente sendo eu com liberdade de ir me descobrindo e me revelando, ora de um jeito, ora de outro jeito.  Sou constante na minha inconstância.
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 02/08/2015
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