Quando o Homem Nasce Mau
Segundo essa lógica, ainda pensa-se no homem como o homem hobbesiano (o homem é o lobo do homem). Ainda segundo essa lógica, o homem é inclinado às suas autossatisfações, busca ininterrupta pelo seu prazer e realização dos seus desejos, independentemente do que os demais seres humanos achem.
Na ideia hobbesiana, dado essa característica peculiar do homem, o Estado é o responsável por subjugar de forma soberana os desejos descontrolados daquele ser. Tanto que atribuiu-se a ele a analogia ao monstro Leviatã, de indomável poder.
Sob um Estado forte e soberano o homem condicionaria-se a viver e usar dos seus desejos de forma adequada. Porém, sendo o Estado, fraco, relapso e sua imagem muito longe de um Leviatã, o homem instintivamente cria novos sistemas que o protejam daquilo que o Estado anteriormente deveria fazer.
Atualmente o capital privado, pelo menos para poucos, garantiu essa transferência de responsabilidades Estatais para meios privados, como segurança, ensino e saúde. Mas o restante da sociedade, incapaz de bancar tais mecanismos, cria os seus próprios, sejam eles criminalidade, sociedades comunitárias, etc.
Logo, independentemente das características humanas; tenhamos nós nascido bons ou maus, o Estado deveria ser nosso maior aparato contra nosso descontrole comportamental intrínseco. Pagamos para isso, tributam-nos para isso, mas não recebemos o serviço de forma eficiente.