REFLEXÕES SOBRE A LETRA G
“ No principio Deus criou o céu e a terra. A terra, porém estava informe e vazia, e as trevas cobriam a face do abismo e o espírito de Deus movia-se sobre as águas. E Deus disse: exista a luz. E a luz existiu. E Deus viu que a luz era boa; e separou a luz das trevas. E chamou à luz dia, e trevas, noite.” (1)
Todas as tradições religiosas sustentam que o mundo foi criado a partir do momento em que a luz se tornou manifesta. Mesmo a moderna ciência não nega que a luz seja a responsável pelo aparecimento da realidade ativa no universo, o que nos permite dizer que tudo que nele existe são condensações da energia luminosa, irradiada de um ponto único e refletida em infinitas e multifacetadas formas, mas todas ligadas ao princípio básico e fundamental que as formata e justifica.
“ Se removermos a luz do universo, retiraremos concomitantemente a gravidade; e então tudo que nele existe desabará; o mais leve sobre o mais pesado, o menor sobre o maior, o mais fluído sobra o mais denso, e tudo voltará ao ponto inicial”, disse o físico Heisenberg, ao comentar as descobertas de Einsten.
Por seu turno, o Zhoar, o livro da Cabala judaica, diz: " Os céus e os mundos existem somente graças ao Espírito Celeste que lhe dá consistência. Suprima-se o Espírito, e todo o mundo será abalado e se desintegraria em átomos, assim como está escrito: Ele move a terra e abala as colunas. Ele (...) é pura Luz. (2)
Se pensarmos bem, não há incompatibilidade entre a visão bíblica da criação do mundo com o moderno pensamento científico, que sustenta que o nosso universo foi criado pela explosão de um átomo primordial, ocorrida há três ou quatro bilhões de anos atrás. Esse átomo primordial era conhecido nas antigas práticas místicas do Egito, Grécia, Ìndia, Mesopotâmea e China, como sendo o “Ovo Cósmico”, o que mostra que esses antigos povos tinham intuições extremamente aproximadas aos conhecimentos dos modernos astrofísicos que investigam a origem do universo, os quais situam sua origem numa grande explosão luminosa ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos atrás.
Assim, podemos comungar com os místicos de ontem e com os cientistas de hoje e dizer que o universo nasceu da explosão de um pequeníssimo átomo e essa explosão liberou a luz que estava presa nas trevas. E assim o universo foi feito de luz. Como diz um formidável poema hindu escrito a mais de dois mil e quinhentos anos: “No intervalo entre o fim e o começo, Vixenu-Xiva repousa em meio à sua própria substância, luminoso em sua inesgotável energia, prenhe de todas as suas vidas futuras.” (2)
A estrela que ilumina o céu maçônico é um símbolo que condensa todas as teorias acerca do surgimento do universo, tanto em suas manifestações materiais, quanto as espirituais. Simboliza não apenas o nascimento do universo enquanto realidade física, mas também o surgimento da vida dentro dele, e mais além, a manifestação do espírito dentro do fenômeno da vida.
Esse é o motivo de a Maçonaria ter centrado no simbolismo da Estrela Flamígera o encanto maior dos seus mistérios. Representada pela letra G, ela está no centro da existência de todas as realidades universais, pois, como bem sustentava Pitágoras, o universo só pode ser compreendido a partir dos princípios da geometria.
Desde os dias mais remotos da humanidade, a inteligência recém despertada do homem intuiu a existência de uma energia desconhecida presente na luz. E que somente com a existência de luz era possível a vida e o progresso da sua sabedoria. Daí que cada descoberta, cada progresso, cada conquista realizada pelo seu espírito foi titulada como resultado de uma luz que se acendia em sua mente. Iluminação para o místico, insight para o cientista.
Nasceu dessa intuição o amor pela luz e o temor das trevas. E a doutrina que vincula o bem à presença de luz e o mal à sua ausência, instala-se no espírito do homem como corolário de uma inspiração que se tornou um arquétipo compartilhado pela mente coletiva da humanidade em todos os tempos e lugares .(3)
Também, como consequência dessa intuição, nasceram as religiões solares, que têm na luz do sol o princípio ativo da vida, e o culto às estrelas, de onde nos vem a ciência da astronomia e o fundamento de todas as relações que atraem o espírito humano para as imensidões celestes, em busca da sua origem, ou quiçá de uma explicação para a sua própria existência.
No antigo Egito essa estrela aparecia nos ritos e práticas sagradas na forma de um astro filosófico com uma dupla face que representava a materialidade e a imaterialidade da divindade e a sua projeção no homem. Os hierofantes egípcios chamavam a essa estrela “Shá”, designando ser ela, ao mesmo tempo uma porta e um ensinamento, que correspondia, para todo aquele que se iniciava naqueles Sublimes Mistérios, á uma decisão, (atravessar uma porta, penetrar em uma outra realidade) e á uma aquisição, que era a sabedoria iniciática.
Já os pitagóricos representavam essa estrela através de um pentagrama em cujo centro se inscrevia a legra G, designativa de Geometria. Ela indicava a relação fundamental entre o número e a forma, para dar origem a todo real existente. O pentagrama pitagórico era representado por uma equação que se expressava na seguinte fórmula: a+ b= a = √5, relação correspondente aos lados um retângulo áureo, sobre o qual, espiritualmente, se estabelece a planta do Templo maçônico. Diziam os pitagóricos que o retângulo áureo tinha como principal propriedade o poder de decompor-se infinitamente em uma sucessão de quadrados e retângulos sucessivos, todos apresentando características singulares de individualidade, e ao mesmo tempo conservando as propriedades do todo em que foram recortados. Daí porque nele se inscreve a letra G, que evoca uma espiral e corresponde á inicial da letra Gamos, que em grego significa casamento e numericamente se interpreta como sendo o número 5. (4)
Essa é a origem da tradição consagrada na Maçonaria espiritualista e preservada na alegoria fundamental da estrela flamejante, ou flamígera, que é, ao mesmo tempo, vara de condão e cetro real, com o qual se consagram todos os fundamentos, privilégios, concessões e aquisições feitas em Loja – as realidades universais – que são criadas nesse simulacro do universo que é o Templo maçônico.
Na espiritualidade da prática maçônica, a união perfeita entre os membros de uma Loja tem exatamente essa finalidade: gerar uma egrégora que seja capaz de captar energia suficiente para fazer surgir essa luz “ que representa o sopro divino, fogo central e universal, que dá vida a tudo que existe”, no inspirado dizer do Barão Tschudi.(5)
Na maçonaria essa alegoria é apresentada como o mistério fundamental a ser adquirido pelo iniciado maçom. Com efeito, sendo o conhecimento das propriedades da Estrela o corolário do ensinamento maçônico, o ápice filosófico da Escada de Jacó, espera-se que no momento em que essa intuição é passada ao iniciado, ele o esteja pronto para receber a luz final da Maçonaria.
Todas essas metáforas querem dizer apenas uma verdade: O verdadeiro espírito nasce quando o homem recebe a iluminação. Quando ele é atingido por essa luz que faz dele um verdadeiro ser humano em todos os sentidos.
“ Eu sou a luz do mundo; quem me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida”. “ Conhecereis a verdade e a verdade vos salvará.” Esses dois pressupostos colocados por Jesus querem dizer exatamente isso. Iluminai vossas mentes com a verdade. Buscai a luz que emana do grande G inscrito no pentagrama áureo, esse Princípio luminoso que admite a diversidade na unidade, razão pela qual, a tolerância é a principal virtude adquirida no magistério maçônico.
E não existe maior conquista do que saber que a Verdade não tem identidade nem forma e nem constitui propriedade de ninguém. A variedade das doutrinas apresentadas pelo catecismo maçônico significa exatamente isso: todas são verdadeiras e todas devem ser respeitadas como verdades universais, porém nenhuma deve ser sobreposta às demais. A verdade é a Luz que emana do Grande Arquiteto do Universo, e a cada um atinge com características de individualidade e requisitos de universalidade, por que corresponde às esperanças pessoais de cada espírito, ao mesmo tempo que atende à necessidade do universo como um todo.
A Estrela é, portanto, o núcleo central do mistério maçônico. Representa a manifestação do Princípio Criador, na forma de um signo luminoso que congrega toda a energia do universo. É uma representação pictórica, geométrica e linguística que unifica todas as concepções existentes sobre essa energia mágica e fundamental que dá existência a tudo que existe no cosmo, e explica a sua origem, a sua finalidade e o seu fundamento.(6)
___________________________________________________________
1. Gênesis: 1,2
2. Os Upanixades, canto 3
3. Zhoar Tomo I pg. 254
3. Essa doutrina já era desenvolvida de maneira empírica nas práticas ritualísticas dos Antigos Mistérios Egípcios, Gregos e Persas . Mas só ganhou foros de doutrina com o filósofo Mani, nascido na Babilônia em 216 da Era Cristã. Mani foi o fundador do maniqueísmo, doutrina que sustenta que tudo no universo é gerado a partir do embate entre a luz, representado pelo deus Marduc e as trevas, representado pelo Deus Arimã. Uma variante dessa doutrina também foi desenvolvida na China pelos filósofos taoístas, que viam o nascimento e o equilíbrio universal sendo realizado pelo confronto de dois polos energéticos opostos |(yin/yang), que representavam a dualidade do Princípio Criador (o Tao). As intuições dos cultores das religiões solares também influenciaram o cristianismo, pois em muitas tradições cristãs, especialmente entre as seitas gnósticas, Jesus Cristo era visto como um ser luminoso, solar, portador da “luz do mundo”.
4.Cf. Bernard Rogers- Descobrindo a Alquimia. Círculo do Livro- 1986
5.Cathèchisme ou instruction pour le grade d’Adepte ou Apprenti Philosophe Sublime ET innconu, obra publicada na França em 1770. (citada por Jean Palou, Maçonaria Simbólica e Iniciática, Ed. Pensamento, S. Paulo, 1986)
6. A letra G inscrita dentro do pentagrama formado pelo esquadro e o compasso significa que o Grande Arquiteto do Universo "gera" o cosmo a partir das suas propriedades de construtor. Com o compasso ele traça a esfera cósmica, com o esquadro os raios que o delimitam, em largura e profundidade, de alto a baixo, do ocidente ao oriente, ou seja em todas as dimensões, utilizando sempre dois eixos, que são o tempo e o espaço.
“ No principio Deus criou o céu e a terra. A terra, porém estava informe e vazia, e as trevas cobriam a face do abismo e o espírito de Deus movia-se sobre as águas. E Deus disse: exista a luz. E a luz existiu. E Deus viu que a luz era boa; e separou a luz das trevas. E chamou à luz dia, e trevas, noite.” (1)
Todas as tradições religiosas sustentam que o mundo foi criado a partir do momento em que a luz se tornou manifesta. Mesmo a moderna ciência não nega que a luz seja a responsável pelo aparecimento da realidade ativa no universo, o que nos permite dizer que tudo que nele existe são condensações da energia luminosa, irradiada de um ponto único e refletida em infinitas e multifacetadas formas, mas todas ligadas ao princípio básico e fundamental que as formata e justifica.
“ Se removermos a luz do universo, retiraremos concomitantemente a gravidade; e então tudo que nele existe desabará; o mais leve sobre o mais pesado, o menor sobre o maior, o mais fluído sobra o mais denso, e tudo voltará ao ponto inicial”, disse o físico Heisenberg, ao comentar as descobertas de Einsten.
Por seu turno, o Zhoar, o livro da Cabala judaica, diz: " Os céus e os mundos existem somente graças ao Espírito Celeste que lhe dá consistência. Suprima-se o Espírito, e todo o mundo será abalado e se desintegraria em átomos, assim como está escrito: Ele move a terra e abala as colunas. Ele (...) é pura Luz. (2)
Se pensarmos bem, não há incompatibilidade entre a visão bíblica da criação do mundo com o moderno pensamento científico, que sustenta que o nosso universo foi criado pela explosão de um átomo primordial, ocorrida há três ou quatro bilhões de anos atrás. Esse átomo primordial era conhecido nas antigas práticas místicas do Egito, Grécia, Ìndia, Mesopotâmea e China, como sendo o “Ovo Cósmico”, o que mostra que esses antigos povos tinham intuições extremamente aproximadas aos conhecimentos dos modernos astrofísicos que investigam a origem do universo, os quais situam sua origem numa grande explosão luminosa ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos atrás.
Assim, podemos comungar com os místicos de ontem e com os cientistas de hoje e dizer que o universo nasceu da explosão de um pequeníssimo átomo e essa explosão liberou a luz que estava presa nas trevas. E assim o universo foi feito de luz. Como diz um formidável poema hindu escrito a mais de dois mil e quinhentos anos: “No intervalo entre o fim e o começo, Vixenu-Xiva repousa em meio à sua própria substância, luminoso em sua inesgotável energia, prenhe de todas as suas vidas futuras.” (2)
A estrela que ilumina o céu maçônico é um símbolo que condensa todas as teorias acerca do surgimento do universo, tanto em suas manifestações materiais, quanto as espirituais. Simboliza não apenas o nascimento do universo enquanto realidade física, mas também o surgimento da vida dentro dele, e mais além, a manifestação do espírito dentro do fenômeno da vida.
Esse é o motivo de a Maçonaria ter centrado no simbolismo da Estrela Flamígera o encanto maior dos seus mistérios. Representada pela letra G, ela está no centro da existência de todas as realidades universais, pois, como bem sustentava Pitágoras, o universo só pode ser compreendido a partir dos princípios da geometria.
Desde os dias mais remotos da humanidade, a inteligência recém despertada do homem intuiu a existência de uma energia desconhecida presente na luz. E que somente com a existência de luz era possível a vida e o progresso da sua sabedoria. Daí que cada descoberta, cada progresso, cada conquista realizada pelo seu espírito foi titulada como resultado de uma luz que se acendia em sua mente. Iluminação para o místico, insight para o cientista.
Nasceu dessa intuição o amor pela luz e o temor das trevas. E a doutrina que vincula o bem à presença de luz e o mal à sua ausência, instala-se no espírito do homem como corolário de uma inspiração que se tornou um arquétipo compartilhado pela mente coletiva da humanidade em todos os tempos e lugares .(3)
Também, como consequência dessa intuição, nasceram as religiões solares, que têm na luz do sol o princípio ativo da vida, e o culto às estrelas, de onde nos vem a ciência da astronomia e o fundamento de todas as relações que atraem o espírito humano para as imensidões celestes, em busca da sua origem, ou quiçá de uma explicação para a sua própria existência.
No antigo Egito essa estrela aparecia nos ritos e práticas sagradas na forma de um astro filosófico com uma dupla face que representava a materialidade e a imaterialidade da divindade e a sua projeção no homem. Os hierofantes egípcios chamavam a essa estrela “Shá”, designando ser ela, ao mesmo tempo uma porta e um ensinamento, que correspondia, para todo aquele que se iniciava naqueles Sublimes Mistérios, á uma decisão, (atravessar uma porta, penetrar em uma outra realidade) e á uma aquisição, que era a sabedoria iniciática.
Já os pitagóricos representavam essa estrela através de um pentagrama em cujo centro se inscrevia a legra G, designativa de Geometria. Ela indicava a relação fundamental entre o número e a forma, para dar origem a todo real existente. O pentagrama pitagórico era representado por uma equação que se expressava na seguinte fórmula: a+ b= a = √5, relação correspondente aos lados um retângulo áureo, sobre o qual, espiritualmente, se estabelece a planta do Templo maçônico. Diziam os pitagóricos que o retângulo áureo tinha como principal propriedade o poder de decompor-se infinitamente em uma sucessão de quadrados e retângulos sucessivos, todos apresentando características singulares de individualidade, e ao mesmo tempo conservando as propriedades do todo em que foram recortados. Daí porque nele se inscreve a letra G, que evoca uma espiral e corresponde á inicial da letra Gamos, que em grego significa casamento e numericamente se interpreta como sendo o número 5. (4)
Essa é a origem da tradição consagrada na Maçonaria espiritualista e preservada na alegoria fundamental da estrela flamejante, ou flamígera, que é, ao mesmo tempo, vara de condão e cetro real, com o qual se consagram todos os fundamentos, privilégios, concessões e aquisições feitas em Loja – as realidades universais – que são criadas nesse simulacro do universo que é o Templo maçônico.
Na espiritualidade da prática maçônica, a união perfeita entre os membros de uma Loja tem exatamente essa finalidade: gerar uma egrégora que seja capaz de captar energia suficiente para fazer surgir essa luz “ que representa o sopro divino, fogo central e universal, que dá vida a tudo que existe”, no inspirado dizer do Barão Tschudi.(5)
Na maçonaria essa alegoria é apresentada como o mistério fundamental a ser adquirido pelo iniciado maçom. Com efeito, sendo o conhecimento das propriedades da Estrela o corolário do ensinamento maçônico, o ápice filosófico da Escada de Jacó, espera-se que no momento em que essa intuição é passada ao iniciado, ele o esteja pronto para receber a luz final da Maçonaria.
Todas essas metáforas querem dizer apenas uma verdade: O verdadeiro espírito nasce quando o homem recebe a iluminação. Quando ele é atingido por essa luz que faz dele um verdadeiro ser humano em todos os sentidos.
“ Eu sou a luz do mundo; quem me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida”. “ Conhecereis a verdade e a verdade vos salvará.” Esses dois pressupostos colocados por Jesus querem dizer exatamente isso. Iluminai vossas mentes com a verdade. Buscai a luz que emana do grande G inscrito no pentagrama áureo, esse Princípio luminoso que admite a diversidade na unidade, razão pela qual, a tolerância é a principal virtude adquirida no magistério maçônico.
E não existe maior conquista do que saber que a Verdade não tem identidade nem forma e nem constitui propriedade de ninguém. A variedade das doutrinas apresentadas pelo catecismo maçônico significa exatamente isso: todas são verdadeiras e todas devem ser respeitadas como verdades universais, porém nenhuma deve ser sobreposta às demais. A verdade é a Luz que emana do Grande Arquiteto do Universo, e a cada um atinge com características de individualidade e requisitos de universalidade, por que corresponde às esperanças pessoais de cada espírito, ao mesmo tempo que atende à necessidade do universo como um todo.
A Estrela é, portanto, o núcleo central do mistério maçônico. Representa a manifestação do Princípio Criador, na forma de um signo luminoso que congrega toda a energia do universo. É uma representação pictórica, geométrica e linguística que unifica todas as concepções existentes sobre essa energia mágica e fundamental que dá existência a tudo que existe no cosmo, e explica a sua origem, a sua finalidade e o seu fundamento.(6)
___________________________________________________________
1. Gênesis: 1,2
2. Os Upanixades, canto 3
3. Zhoar Tomo I pg. 254
3. Essa doutrina já era desenvolvida de maneira empírica nas práticas ritualísticas dos Antigos Mistérios Egípcios, Gregos e Persas . Mas só ganhou foros de doutrina com o filósofo Mani, nascido na Babilônia em 216 da Era Cristã. Mani foi o fundador do maniqueísmo, doutrina que sustenta que tudo no universo é gerado a partir do embate entre a luz, representado pelo deus Marduc e as trevas, representado pelo Deus Arimã. Uma variante dessa doutrina também foi desenvolvida na China pelos filósofos taoístas, que viam o nascimento e o equilíbrio universal sendo realizado pelo confronto de dois polos energéticos opostos |(yin/yang), que representavam a dualidade do Princípio Criador (o Tao). As intuições dos cultores das religiões solares também influenciaram o cristianismo, pois em muitas tradições cristãs, especialmente entre as seitas gnósticas, Jesus Cristo era visto como um ser luminoso, solar, portador da “luz do mundo”.
4.Cf. Bernard Rogers- Descobrindo a Alquimia. Círculo do Livro- 1986
5.Cathèchisme ou instruction pour le grade d’Adepte ou Apprenti Philosophe Sublime ET innconu, obra publicada na França em 1770. (citada por Jean Palou, Maçonaria Simbólica e Iniciática, Ed. Pensamento, S. Paulo, 1986)
6. A letra G inscrita dentro do pentagrama formado pelo esquadro e o compasso significa que o Grande Arquiteto do Universo "gera" o cosmo a partir das suas propriedades de construtor. Com o compasso ele traça a esfera cósmica, com o esquadro os raios que o delimitam, em largura e profundidade, de alto a baixo, do ocidente ao oriente, ou seja em todas as dimensões, utilizando sempre dois eixos, que são o tempo e o espaço.