Atenção, você não está louco: um preparativo para o surto coletivo que sucederá o colapso do dólar
Seria a loucura uma desconexão com a realidade? É possível uma loucura coletiva? E sendo possível, estaríamos todos loucos?
Creio que “estar louco” corresponde exatamente a uma desconexão com a realidade, a viver imerso em um delírio, acreditando que as coisas que vemos são diferentes do que elas realmente são. Cotidianamente, vamos criando nossa concepção de mundo, e comparando-a com a das pessoas em torno, corrigindo eventuais distorções; desse modo criamos e aferimos nossa própria noção de realidade. Então, podemos saber quando não estamos loucos comparando nossa visão de mundo com a de outros.
Mas, suponha que tenha havido uma mentira, depois outra, e mais outra... mentiras costumam ser assim, exigindo outras que lhes deem consistência; como o mundo é grande, eventualmente acabam desmascaradas. Mas...
Nossa concepção de mundo, hoje, nos é dada pelos meios de comunicação, especialmente pela televisão. Tais meios não são independentes, mas reiteram uns aos outros, de modo que, uma vez divulgada, uma notícia ecoa em muitos canais, ganhando o status inequívoco de realidade. Novas informações terão que se adequar a essa. O resultado de uma distorção inicial pode ser uma imensa teia de informações deturpadas.
Houve um tempo em que a concepção de mundo das pessoas advinha do contato com outras pessoas. Nesse tempo, qualquer mentira esbarrava em um filtro imenso constituído pelo crivo das inúmeras mentes que deveriam engolir e retransmitir a mentira. Dúvidas sobre a informação poderiam ser debatidas e desmascaradas antes da consolidação do mito.
Hoje, nossa visão de mundo nos é dada, a todos, pela TV. Uma mentira veiculada ali se tornará imediatamente consensual. Novas informações deverão se ajustar a antigas mentiras. Quantos de nós ousariam duvidar do consenso? Quantos de nós estaríamos dispostos a agir como loucos e desprezar a concepção de mundo compartilhada por todos ao redor.
No Brasil é permitido que uma rede se espalhe por todos os meios: TV, rádio, imprensa, etc., em outros países isso é considerado um abuso e proibido. A veiculação simultânea de uma mesma mentira por vários meios diferenciados deixaria a população indefesa contra ela.
As redes de comunicação têm donos.
Pouquíssimas pessoas controlam todos os meios de comunicação de massa no Brasil, conhecemos apenas o ponto de vista deles. Pontos de vista alternativos não são veiculados.
Então pensemos: terá havido uma mentira inicial? Mesmo no melhor dos mundos, constituído pelas pessoas mais idôneas, a tentação de espalhar uma mentira acabaria se impondo, e, com ela, toda a sucessão de falsidades necessárias para sustentar a inicial. O uníssono das poucas bocas garantiria a credibilidade da perfídia.
Agora imaginemos um mundo controlado por cretinos...
Consideremos que os meios de comunicação são pouquísemos, e financiados pelos mesmos grandes grupos econômicos que todos eles precisam adular.
Os meios de comunicação criaram um amplo consenso em torno de um enorme conjunto de mentiras. Temos vivido imersos nessa ilusão. O dólar está à beira da ruína, você já deve ter ouvido falar nisso; acontecerá, ruirá. Deixará de ser a moeda internacional, perderá seu valor, se tornará moeda podre (de fato, já é). O controle do mundo mudará de mãos. A economia ocidental se desmantelará como um castelo de areia lambido por uma onda. As pessoas perderão suas finanças. Aposentadorias e pensões estarão em risco. Uma enorme onda abalará toda a segurança obtida no passado.
O dinheiro se revelará uma imensa farsa. Temos centrado nossas vidas, nossas metas, em ilusões, em mentiras criadas para nos controlar e explorar. O dinheiro é só um pedaço de papel impresso por meia dúzia de pessoas para dirigir nossas vidas, uma ilusão, nada mais. Isso ficará claro e, por um momento, todo o rebanho humano perderá o rumo. Inúmeras mentiras ruirão de uma só vez, descortinando o cenário da imensa farsa.
Estarrecidas pelo repentino choque de consciência, as pessoas despertarão da ilusão. Atônitas, buscarão a segurança do rebanho, a meta comum a todos eles, mas só encontrarão papel em seu lugar. Também não encontrarão outros gnus, mas baratas tontas. Tendo sido adestradas para caminhar lado a lado com o rebanho, buscarão sua parelha, como fazem os bois mesmo quando libertos da canga. Postas em liberdade vagarão a esmo como baratas tontas. Nesse instante a loucura parecerá ter tomado de assalto o mundo inteiro. Será assim o momento de repentina consciência, desesperador. Precisaremos de coragem.
Mas tenha confiança: VOCÊ NÃO ESTÁ LOUCO!