SIMBOLISMO MAÇÔNICO- O ORVALHO DO MONTE HERMON
A tradição dos “lugares altos”
Os chamados “lugares altos” sempre exerceram uma atração quase magnética sobre o espírito dos povos antigos. Eles eram considerados como altares naturais onde as divindades se apresentavam para exercer seu domínio sobre os homens. Não é pois, sem razão, que a grande maioria dos templos da antiguidade eram erguidos sobre elevações montanhosas, e que as grandes manifestações de fé e espirito religioso fossem feitas nos lugares altos.[1]
A história religiosa dos hebreus, e depois dos judeus, herdeiros desse antigo povo também está umbilicalmente ligado á esse simbolismo. Com efeito, uma das mais sagradas tradições de Israel é a de construir altares nos lugares altos e situar as manifestações da divindade nesses lugares. Mesmo antes de Moisés ter o seu encontro com Jeová no Monte Horeb, e depois levar o povo hebreu para um encontro com a sua divindade nos pés do Monte Sinai, onde receberia as Tábuas da Lei, várias outras elevações terrestres eram consideradas sagradas pelos israelitas e adoradas como locais sagrados. Eram sempre nos lugares altos que deviam ser realizados os sacrifícios; também nesses lugares a espiritualidade devia ser buscada.[2]
Historicamente o povo de Israel dividiu sua devoção entre dois lugares altos. O Monte Moriá, onde foi construído o Templo de Jerusalém, e o Monte Gerizim, que após a cisão do reino israelita, ocorrida após a morte de Salomão, tornou-se a montanha sagrada dos israelitas do norte, em oposição aos judeus, que fizeram de Jerusalém e do templo de Salomão, o seu lugar sagrado.[3] Essa divisão devocional perdurou por muitos séculos e ainda era um forte elemento de discórdia entre os israelitas nos dias de Jesus, pois enquanto os judeus só aceitavam o Templo de Jerusalém como único lugar de adoração de Jeová, os samaritanos, como então eram conhecidos os descendentes dos rebeldes israelitas do norte, o faziam no Monte Gerizim.[4]
O Monte Hermon
Mas a tradição bíblica consagra a devoção dos israelitas pelos lugares altos muito antes das disputas políticas que destruiram o reino unificado de Israel. Um desses lugares santificado era o Monte Hermon (em hebraico, Har Hermon, que se traduz por "montanha sagrada", também conhecida pelo nome de Djabal el-Sheikh, " a montanha do sheik” ou "montanha nevada".
O Monte Hermon está localizado na parte sul da fronteira do Líbano com a Síria.Tem 2814 metros de altitude, e o seu pico está sempre coberto de neve, oferecendo um vistoso contraste com as terras ao seu redor, desérticas e sempre expostas ao sol inclemente.
Na encosta sul do Monte Hermon situam-se as Colinas de Golã, área capturada por Israel em 1967, na famosa Guerra dos Seis Dias. Posteriormente, em 1973, na chamada Guerra do Yom Kippur, o Monte Hermon foi palco novamente de encarniçadas batalhas entre Israel e seus vizinhos. Com a vitória israelense esses disputados territórios sagrados, tanto para judeus como para seus vizinhos, foram definitivamente ocupados por Israel e fazem hoje parte do seu território, embora isso jamais tenha sido reconhecido pelos adversários, nem pela ONU, pois este organismo internacional não reconhece a legitimidade de territórios adquiridos pela força. Não obstante, Israel continua ocupando até hoje esses lugares.
A Bíblia, no livro dos Juízes, chama o Monte Hermon de Baal-Hermon, e diz que ali habitava a tribo dos heveus, povo cananeu que aceitou de bom grado a ascensão de Israel, e ao que parece, adotou o culto israelense, pois não foram exterminados comos os demais povos cananeus e até forneceram esposas para os homens de Israel.[5] Assim, a história do povo de Deus está bastante ligada a esse monte sagrado, que fica nas montanhas do Líbano, de onde, segundo a tradição, de “o Senhor derramava a benção” para as terras do sul, onde os israelitas assentariam definitivamente suas tendas e depois fundariam a sua nação.
O simbolismo do Salmo 133
Na verdade, essa tradição está conectada a um fator geopolítico de fundamental importância para essa região e que, até hoje, fundamenta a encarniçada disputa que se trava entre os povos que nela habitam. É que nessas montanhas nascem os cursos de água que alimentam o principal rio da região, o Jordão, única fonte de abastecimento de água ali existente. É pois, um território de excepcional importância estratégica para todos os países que ali tem seus interesses: Israel, Jordânia, Síria, Líbano e autoridade palestina.
O Monte Hermon seria o local da benção, de onde o Senhor derramaria o seu “orvalho precioso”, representado pela neve que se derrete e alimenta os cursos de água que fertilizam todo o Vale do Jordão, que na tradição de Israel, é o centro nevrálgico da chamada “Terra Prometida.”
Justifica-se, portanto, o simbolismo presente no salmo 133, que consagra a tradição da união fraterna. Nesse simbolismo está presente a ideia de que Israel representa a realização prática dessa união, fundada em um pacto sagrado, firmado para uma convivência fraterna entre os Irmãos e na estrita obediência á uma única divindade. Uma verdadeira confraria social e política, que se regia pelos fundamentos que viriam a ser, mais tarde, consagrada por todos os povos livres do mundo: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O orvalho de Hermon
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.
É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.”
O “orvalho do Hermon” é, portanto, a benção do Senhor, que é derramada sobre todos os povos que seguem a sua lei. Pois a obediência á lei de Deus é a verdadeira argamassa que une os povos em todo o mundo. Sua comparação ao óleo que desce sobre a barba de Aarão é uma preciosa analogia que identifica elementos de grande significado na crença dos israelitas. Primeiro, por que Aarão foi o primeiro sacerdote consagrado por Moisés, e ele representa, para o povo de Israel, o iniciador oficial do culto á Jeová. Por outro lado sabe-se que a barba, entre os antigos povos era um elemento simbólico de magna importância para identificar os eleitos da divindade. Assim, a Barba de Aarão simboliza, na verdade, todo o povo de Israel, que por seu intermédio era abençoado quando o óleo sagrado descia sobre a barba do sacerdote e molhava a orla das suas vestes sacerdotais.
Como se sabe, esse simbolismo tem uma correspondência muito significativa nos ensinamentos da Cabala. De acordo com essa antiga tradição judaica, a barba é o influxo que nasce na primeira Séfora e percorre toda a Árvore da Vida unificando a totalidade das realidades existentes no universo.
A ÁRVORE SEFIRÓTICA
A Árvore Sefirótica, na tradição cabalística, é uma representação simbólica do Cosmo como realidade macro, que na sua manifestação energética, transmite o seu reflexo no homem como realidade micro. Por outro lado, a palavra barba, em hebraico, (Hachad) significa unidade, e por aplicação da técnica da gematria essa soma resulta no número 13. A=1, CH=8, D=4. Esses valores, segundo a numerologia da Cabala, correspondem às partes da barba do Macroprosopo, o Andrógino Superior ou Vasto Semblante, como a Cabala chama essa representação simbólica da energia que Deus manifesta no mundo. Essa manifestação gera o Microprosopo, que é a representação do universo material e do Andrógino Inferior, cuja proporção numérica e geométrica (o homem vitruviano) deu origem ao modelo do homem da terra. Daí o salmo 133 ser considerado um salmo cabalístico.[6]
Nesse sentido, o Monte Hermon seria a “cabeça” geográfica da Irmandade de Israel, de onde o orvalho santificado (óleo) escorre para o todo o corpo (o próprio território e povo de Israel), molhando a orla dos seus vestidos (os povos vizinhos que adotarem o culto israelense, os quais podem ser admitidos na Irmandade). Esse é o sentido da união fraternal contido no salmo 133 e do simbolismo do orvalho do Monte Hermon.[7]
O HOMEM VITRUVIANO
A tradição dos “lugares altos”
Os chamados “lugares altos” sempre exerceram uma atração quase magnética sobre o espírito dos povos antigos. Eles eram considerados como altares naturais onde as divindades se apresentavam para exercer seu domínio sobre os homens. Não é pois, sem razão, que a grande maioria dos templos da antiguidade eram erguidos sobre elevações montanhosas, e que as grandes manifestações de fé e espirito religioso fossem feitas nos lugares altos.[1]
A história religiosa dos hebreus, e depois dos judeus, herdeiros desse antigo povo também está umbilicalmente ligado á esse simbolismo. Com efeito, uma das mais sagradas tradições de Israel é a de construir altares nos lugares altos e situar as manifestações da divindade nesses lugares. Mesmo antes de Moisés ter o seu encontro com Jeová no Monte Horeb, e depois levar o povo hebreu para um encontro com a sua divindade nos pés do Monte Sinai, onde receberia as Tábuas da Lei, várias outras elevações terrestres eram consideradas sagradas pelos israelitas e adoradas como locais sagrados. Eram sempre nos lugares altos que deviam ser realizados os sacrifícios; também nesses lugares a espiritualidade devia ser buscada.[2]
Historicamente o povo de Israel dividiu sua devoção entre dois lugares altos. O Monte Moriá, onde foi construído o Templo de Jerusalém, e o Monte Gerizim, que após a cisão do reino israelita, ocorrida após a morte de Salomão, tornou-se a montanha sagrada dos israelitas do norte, em oposição aos judeus, que fizeram de Jerusalém e do templo de Salomão, o seu lugar sagrado.[3] Essa divisão devocional perdurou por muitos séculos e ainda era um forte elemento de discórdia entre os israelitas nos dias de Jesus, pois enquanto os judeus só aceitavam o Templo de Jerusalém como único lugar de adoração de Jeová, os samaritanos, como então eram conhecidos os descendentes dos rebeldes israelitas do norte, o faziam no Monte Gerizim.[4]
O Monte Hermon
Mas a tradição bíblica consagra a devoção dos israelitas pelos lugares altos muito antes das disputas políticas que destruiram o reino unificado de Israel. Um desses lugares santificado era o Monte Hermon (em hebraico, Har Hermon, que se traduz por "montanha sagrada", também conhecida pelo nome de Djabal el-Sheikh, " a montanha do sheik” ou "montanha nevada".
O Monte Hermon está localizado na parte sul da fronteira do Líbano com a Síria.Tem 2814 metros de altitude, e o seu pico está sempre coberto de neve, oferecendo um vistoso contraste com as terras ao seu redor, desérticas e sempre expostas ao sol inclemente.
Na encosta sul do Monte Hermon situam-se as Colinas de Golã, área capturada por Israel em 1967, na famosa Guerra dos Seis Dias. Posteriormente, em 1973, na chamada Guerra do Yom Kippur, o Monte Hermon foi palco novamente de encarniçadas batalhas entre Israel e seus vizinhos. Com a vitória israelense esses disputados territórios sagrados, tanto para judeus como para seus vizinhos, foram definitivamente ocupados por Israel e fazem hoje parte do seu território, embora isso jamais tenha sido reconhecido pelos adversários, nem pela ONU, pois este organismo internacional não reconhece a legitimidade de territórios adquiridos pela força. Não obstante, Israel continua ocupando até hoje esses lugares.
A Bíblia, no livro dos Juízes, chama o Monte Hermon de Baal-Hermon, e diz que ali habitava a tribo dos heveus, povo cananeu que aceitou de bom grado a ascensão de Israel, e ao que parece, adotou o culto israelense, pois não foram exterminados comos os demais povos cananeus e até forneceram esposas para os homens de Israel.[5] Assim, a história do povo de Deus está bastante ligada a esse monte sagrado, que fica nas montanhas do Líbano, de onde, segundo a tradição, de “o Senhor derramava a benção” para as terras do sul, onde os israelitas assentariam definitivamente suas tendas e depois fundariam a sua nação.
O simbolismo do Salmo 133
Na verdade, essa tradição está conectada a um fator geopolítico de fundamental importância para essa região e que, até hoje, fundamenta a encarniçada disputa que se trava entre os povos que nela habitam. É que nessas montanhas nascem os cursos de água que alimentam o principal rio da região, o Jordão, única fonte de abastecimento de água ali existente. É pois, um território de excepcional importância estratégica para todos os países que ali tem seus interesses: Israel, Jordânia, Síria, Líbano e autoridade palestina.
O Monte Hermon seria o local da benção, de onde o Senhor derramaria o seu “orvalho precioso”, representado pela neve que se derrete e alimenta os cursos de água que fertilizam todo o Vale do Jordão, que na tradição de Israel, é o centro nevrálgico da chamada “Terra Prometida.”
Justifica-se, portanto, o simbolismo presente no salmo 133, que consagra a tradição da união fraterna. Nesse simbolismo está presente a ideia de que Israel representa a realização prática dessa união, fundada em um pacto sagrado, firmado para uma convivência fraterna entre os Irmãos e na estrita obediência á uma única divindade. Uma verdadeira confraria social e política, que se regia pelos fundamentos que viriam a ser, mais tarde, consagrada por todos os povos livres do mundo: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O orvalho de Hermon
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.
É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.”
O “orvalho do Hermon” é, portanto, a benção do Senhor, que é derramada sobre todos os povos que seguem a sua lei. Pois a obediência á lei de Deus é a verdadeira argamassa que une os povos em todo o mundo. Sua comparação ao óleo que desce sobre a barba de Aarão é uma preciosa analogia que identifica elementos de grande significado na crença dos israelitas. Primeiro, por que Aarão foi o primeiro sacerdote consagrado por Moisés, e ele representa, para o povo de Israel, o iniciador oficial do culto á Jeová. Por outro lado sabe-se que a barba, entre os antigos povos era um elemento simbólico de magna importância para identificar os eleitos da divindade. Assim, a Barba de Aarão simboliza, na verdade, todo o povo de Israel, que por seu intermédio era abençoado quando o óleo sagrado descia sobre a barba do sacerdote e molhava a orla das suas vestes sacerdotais.
Como se sabe, esse simbolismo tem uma correspondência muito significativa nos ensinamentos da Cabala. De acordo com essa antiga tradição judaica, a barba é o influxo que nasce na primeira Séfora e percorre toda a Árvore da Vida unificando a totalidade das realidades existentes no universo.
A ÁRVORE SEFIRÓTICA
A Árvore Sefirótica, na tradição cabalística, é uma representação simbólica do Cosmo como realidade macro, que na sua manifestação energética, transmite o seu reflexo no homem como realidade micro. Por outro lado, a palavra barba, em hebraico, (Hachad) significa unidade, e por aplicação da técnica da gematria essa soma resulta no número 13. A=1, CH=8, D=4. Esses valores, segundo a numerologia da Cabala, correspondem às partes da barba do Macroprosopo, o Andrógino Superior ou Vasto Semblante, como a Cabala chama essa representação simbólica da energia que Deus manifesta no mundo. Essa manifestação gera o Microprosopo, que é a representação do universo material e do Andrógino Inferior, cuja proporção numérica e geométrica (o homem vitruviano) deu origem ao modelo do homem da terra. Daí o salmo 133 ser considerado um salmo cabalístico.[6]
Nesse sentido, o Monte Hermon seria a “cabeça” geográfica da Irmandade de Israel, de onde o orvalho santificado (óleo) escorre para o todo o corpo (o próprio território e povo de Israel), molhando a orla dos seus vestidos (os povos vizinhos que adotarem o culto israelense, os quais podem ser admitidos na Irmandade). Esse é o sentido da união fraternal contido no salmo 133 e do simbolismo do orvalho do Monte Hermon.[7]
O HOMEM VITRUVIANO
[1] Mesmo entre os gregos esse arquétipo era cultivado. Os mais famosos templos gregos foram erguidos sobre altas colinas. O mais famoso deles, o templo da deusa Atena, em Atenas, mais conhecido como Partenon, é um exemplo desse simbolismo. Foi construído no ponto mais alto da Acrópole, montanha situada nos arredores da capital grega no século V a. C. Outro exemplo desse simbolismo entre os gregos era a tradição de situar a morada dos deuses no famoso monte Olimpo, a mais alta montanha da Grécia. Essa montanha está situada a cerca de 100 km da cidade de Salônica, na região da Tessália.
[2] Abraão, por exemplo, subiu a uma montanha para sacrificar seu filho Isaque. Elias costumava subir ao Monte Carmelo para fazer suas orações.
[3] Referência á rebelião das dez tribos do norte, chefiada por Jereboão, por ocasião da sucessão de Salomão, que escolheu seu filho Roboão para sucedê-lo. A Bíblia relata esse episódio em Reis 12: 16.
[3] Referência á rebelião das dez tribos do norte, chefiada por Jereboão, por ocasião da sucessão de Salomão, que escolheu seu filho Roboão para sucedê-lo. A Bíblia relata esse episódio em Reis 12: 16.
[4] Por isso Jesus diz aos samaritanos: “crê-me que
a hora vem, em que nem neste monte (Gerizim) nem em Jerusalém adorareis o Pai”. Pois os samaritanos se dirigiam ao Monte Gerizim para adorar a Jeová, enquanto os judeus diziam que isso só podia ser feito em Jerusalém. Na base do Monte Gerizim foi construída a cidade de Samaria, de quem os samaritanos tiraram o nome.
a hora vem, em que nem neste monte (Gerizim) nem em Jerusalém adorareis o Pai”. Pois os samaritanos se dirigiam ao Monte Gerizim para adorar a Jeová, enquanto os judeus diziam que isso só podia ser feito em Jerusalém. Na base do Monte Gerizim foi construída a cidade de Samaria, de quem os samaritanos tiraram o nome.
[5] Juízes, 3:3. O nome Baal-Hermon sugere que ali os antigos cananeus mantinham um santuário dedicado ao seu deus Baal, e que essa religião teria sido substituída pelo culto a Jeová.
[6] Macroprosopo, Vasto Semblante, Ancião dos Dias, são expressões simbólicas usadas pela Cabala para designar a Suprema Divindade. Microprosopo é a expressão simbólica para designar o “homem primordial”, que serviu de modelo para a criação do ser humano. Ver, a esse respeito, Knorr Von Rosenroth, Cabala Revelada, Madras, 2011. Na imagem 1, a Árvore Sefirótica, na imagem 2, o Homem Vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, representando o “homem universal” o microprosopo cabalístico.
[6] Macroprosopo, Vasto Semblante, Ancião dos Dias, são expressões simbólicas usadas pela Cabala para designar a Suprema Divindade. Microprosopo é a expressão simbólica para designar o “homem primordial”, que serviu de modelo para a criação do ser humano. Ver, a esse respeito, Knorr Von Rosenroth, Cabala Revelada, Madras, 2011. Na imagem 1, a Árvore Sefirótica, na imagem 2, o Homem Vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci, representando o “homem universal” o microprosopo cabalístico.
[7] Outra prova do significado sagrado do Monte Hermon é o fato de Jesus ter escolhido esse monte para ser transfigurado. O significado simbólico dessa passagem é a de que, sendo o Monte Hermon “a cabeça” de onde a benção do Senhor escorre para Israel, nada estranho que ali fosse o lugar onde ele deveria ser “reconhecido” como o Messias das profecias. Por analogia, o altar do Venerável Mestre na Maçonaria, especialmente no rito Adoniramita, onde esse simbolismo é invocado com mais força, é chamado de Monte Hermon.