A representação do Jesus feminino, trans, drag, macho, barbudo, ou como mais desejar, é legal?

Não. Não é legal.

Assim também como não é legal um Jesus ignorado por um amigo, vendido por um pilantra que lhe tasca um beijo falso no rosto, sentindo-se abandonado por Deus no seu pior momento, nu, espancado, cuspido, açoitado, amaldiçoado, coroado com espinhos ao redor da cabeça e crucificado. (Últimos três capítulos dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João)

Neste caso, a dor foi real, na carne, nos ossos e na alma de Jesus. Seu rosto não estava vermelho pelo capricho da maquiagem, era sangue que escorria de verdade! E Sua única manifestação pública de repúdio foi:

“Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que estão fazendo”. (Evangelho de Lucas 23:34)

Deveria Ele, em nossos dias, atender ao senso comum e aos nossos caprichos, e fazer descer juízo sobre aqueles que se manifestam, ainda que contra os nossos princípios?

Deveria Ele defender alguma ‘causa’, a não ser a “causa” que cada um traz dentro de si e que só Ele conhece e sabe como, quando e o porquê defendê-la?

De novo. A representação do Jesus feminino, trans, drag, macho, barbudo, ou como mais desejar, é legal?

Não. Não é legal.

Assim como não é legal chutar e quebrar imagens - ou outros símbolos - de qualquer religião que seja; não é legal brincar de fazer charges daquilo que – se não o é para mim – é sagrado para o meu próximo; não é legal destruir terreiros, violar túmulos, ridicularizar ritos; tampouco é legal desprezar o direito do ateu em crer que sua descrença também é uma via.

E agora, achou legal a representação do Jesus feminino, trans, drag, macho, barbudo, ou como mais desejar?

Não. Continua não sendo legal.

Como também nunca será legal ser um Padre, Pastor, Guru, Pai-de-santo, Obreiro, Apóstolo, Reverendo, Levita, Judeu, Gentio, Samaritano, Budista, Muçulmano, Protestante, Gay, Hétero, Pai, Mãe, Artista, Favelado, Trabalhador, Empresário, Deputado, Zé-ninguém, Professor, etc... e andar por aí indiferente às mazelas do próximo. Por mais que nossas convicções digam que é legal. (Evangelho de Lucas 10: 25-37)

Diante de todas estas coisas, o que diria Jesus, visto que continuamos a crucificá-lo em nossas manifestações narcisistas e discursos estridentes, cheios de juízo próprio, senão “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que estão fazendo”. (Evangelho de Lucas 23:34)

E a dois mil anos atrás, o que fizeram os discípulos que ainda permaneceram ali, boquiabertos, ante o pedido do Mestre crucificado? Foram embora, cabisbaixos, sem brigar com os executores, mas espalhando a Mensagem e o Exemplo de Perdão e Amor que aprenderam.

Em nosso tempo, as recentes manifestações são oriundas do ódio ao Cristo ou são uma reação à intolerância daqueles que se dizem Seus seguidores?

Qual mensagem está sendo espalhada? Qual é a Boa Nova? (Evangelho de João 13: 34-35)

Num mundo regido pelas leis da Física, a cada ação corresponde uma reação de mesma intensidade e sentido contrário.

Gentileza continua gerando Gentileza.

Intolerância continua gerando Intolerância.

Amor continua gerando mais Amor.

Ódio continua gerando mais Ódio.


(Imagem: O Abraço - Eliane Roedel)
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 08/06/2015
Código do texto: T5270622
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