Manifesto anti-facúrico
Não digo que aprovo ou desaprovo, mas me ocorreu publicar - só a fonte é que vou ocultar, como se uma botinha de salto estivesse a calçar, para o divino pé, na sua pureza e firmeza, preservar.
Pois é, nem sei se licença teria para essa publicação, mas vou me arriscar e, cadeia, se tiver que pegar, me entrego à doçura da delação, mesmo se não houver perdão, e que o leitor tire sua própria conclusão - sigo às partes fazendo o bem, na esperança, que qualquer mortal tem, de um dia, ganhar a chave do harém...
"...Quem vê o pé não percebe a grandeza da mente.
Porque está a olhar para o chão,
Logicamente não verá o céu e a imensidão a que ele nos leva.
O olhar como porta da alma é o que mais me encanta.
Capta-se a força de um olhar pela forma em que ele traduz o que vê, seja por pensamentos ou ideias.
Seja pela descrição que faz da vida e de si mesmo.
Pelo que vê nas pessoas, e se o que vê é o pé, logo a alma e a essência da pessoa é o que menos importa.
O pé, a parte mais inferior do homem, é o que caminha, o leva as coisas terrenas e materiais.
É mui fácil tirar conclusões por essa predileção."