A PÓS-MODERNIDADE LIQUIDA E EFÊMERA!

Vivemos em um período histórico bem peculiar no que diz respeito as diversas características que emergem os sujeitos e a sociedade, com ideologias e estilos de vida permeado pela efemeridade; o culto ao belo, a ostentação de um padrão de vida com plenitude e satisfação (o que é fantasioso e utópico...). Características essas que são reflexo da era da informação tecnológica, aonde as redes sociais, a exposição da vida pessoal e a mudança constante de pseudo-ideologias apresentam-se mais marcantes nos dias de hoje, a fluidez generalizada mostra-se presente diante das exigências de uma vida “perfeita”.

Essas mudanças supracitadas refletem também na educação como um todo, Bauman fala a respeito da modernidade liquida, apresentando características aonde o conhecimento se transforma cada vez mais em informação, e o saber, que antes, teria um valor mais duradouro, sólido, torna-se instantâneo, mais liquido/ fluido, presente na sociedade que sofre mudanças desenfreadas e enxurradas de informações que surgem diariamente.

O saber ao tornar-se instantâneo provoca no individuo uma sensação de instabilidade ao ter certeza que esses conhecimentos são apenas informações que em um breve momento histórico lhe são úteis. O que não dá a garantia que servirá em um período futuro. Enfim, esse novo cenário faz provocar uma onda de superqualificação; especialização e aperfeiçoamento profissional e pessoal para que o individuo consiga acompanhar o ritmo que lhe é exigido e consiga se atualizar com as novas tendências apresentadas pelo mundo moderno.

A escola como o maior e mais adequado espaço de produção de conhecimentos e saberes também sofre influencias frente a essa realidade, essa que juntamente com a família e a sociedade detém o poder de educar os novos aprendizes.

Bock (2001) trás que toda a responsabilidade da educação das crianças e adolescentes são colocados para a escola que muitas vezes não esta apta para lidar com toda e unicamente responsabilidade de educação de uma sala que em muito encontra-se sobrecarregada e sem suporte básico para o ensino, sem mencionar as condições salariais dos profissionais da educação...

O que se propôs no parágrafo anterior é uma reflexão a respeito do papel da escola frente à educação. Os pais que com freqüência trabalham em tempo integral, depositam nela, especificamente nos professores, a promessa da formação moral, pessoal, intelectual, etc, dos alunos.

As formas tradicionais de ensino e avaliação do aprendizado também sofrem diversas modificações. Um olhar com perspectiva mais individualizada e qualitativa torna-se presente. Precisa-se cada vez mais buscar formas atuais de educação que consiga atrair os alunos frente o mundo da internet. E cada vez mais que os professores transmitam conhecimentos atualizados, tenham um olhar humanizado e inclusivo... E ainda lidar de forma satisfatória com suas demandas pessoais, demandas da escola, do processo de ensino-aprendizado e da sociedade.

Tais demandas acima mencionadas não são exclusivas do professor, qualquer individuo que não viva alienado de sua realidade social, vive imerso de diversas exigências que diariamente a nós são impostas, por que esse é o período aonde tudo se tem, tudo se pede e tudo pode e poucos “vivem!”...

TEXTO DE APOIO:

BOCK, A.M.B. A Escola. In: Psicologias. Saraiva: Petrópolis, 2001. p 261- 275.

ELAN LIMA
Enviado por ELAN LIMA em 21/05/2015
Código do texto: T5249485
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