Perfis recantistas (8 - Stelo Queiroga)
Pelo pouco que tenho podido acompanhar da movimentação literária recantista, o Queiroga, Stelo, é dos mais mercuriais membros da confraria.
Sóbrio e ponderado no cronicar, quando descamba para os comentários em textos alheios, é um corisco, tanto pela rapidez e espirituosidade de seu raciocínio, quanto pela luminosidade breve com que risca o firmamento recantiano.
Afirmo isso por algumas interações que fez em textos meus, e em de terceiros que até o presente me foi dado observar, conquanto só esporadicamente. Esse paraibano arretado, que se diz louco por palavras
faz muito mal em retrair-se de quando em vez, melhor seria para o leitor e confrade que ele se fizesse mais conspícuo e mais falante, nos seu falar faiscante, para ilustrar este nosso quase constante inferno de Dante.
Não sei se é o Négo do pendão paraibano que o inspira à auto-contenção, mas o que lhe nego é abraçar o silêncio como melhor opção - deixando a gente na escuridão.