O Amor e o Tempo
Já está comprovado, o tempo é relativo!
É relativo porque não é fixo, concreto ou único.
É relativo pois não relaciona com o homem somente de uma forma,
mas de variadas e subjetivas formas.
Dentre as várias apreensões desse tempo ressalto a dor, a saudade e o amor;
todas elas evidenciada num trecho do antigo poema de Luiz Vaz de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer..."
A dor que não se cala,
Que afeta o físico, a alma e o espírito;
Dor que não cabe no peito
Se expande nas lágrimas e no rosto a entristecer!
A saudade da pessoa amiga e amada,
Da ausência presente que não se apaga;
De um sorriso inebriante que figura na mente
E que não se expressa em palavras...
Ah o amor!! Amor divino e humano,
Sem ele não há esperança ou fé;
Mas com ele a dor e a saudade se apega à eternidade
E amar passa a ser a essência da pequenez desse tempo chamado vida.
Enfim, o tempo, a dor e a saudade são relativizados;
Mas o amor embora pareça abstrato
Se torna concreto e a principal trama existencial!