DA NÃO NECESSIDADE DOS "PORQUÊS"

Comentando um texto muito belo aqui do recanto, depois de ficar zonza com tantos expressivos pensamentos

http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/5203233

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Sou apreciadora da "mater ciência' humana: a filosofia.

Pouco conheço do todo...mas escrevo por por observação e intuição advindos da própria vida.

Cada vez mais me sinto seguidora daquela corrente, algo profunda e simplista que diz: "só sei que nada sei".

Acredito com o coração atento de poeta pensante que nós seres humanos estamos eternamente condenados à curiosodade sobre "o como foi" a Criação, "como surgimos?" "quem somos, de onde viemos e para onde vamos?, as perguntas que não nos calam pelo nosso tempo, sobre a criação, da nossa e do demais todo gigante misterioso universo, e digo "condenados" porque temos a eterna curiosidade sofrida do saber (meio sem sucesso) impressa no DNA e de certa forma uma "arrogância" da espécie que acredita que pode tudo, inclusive acreditar que Deus não joga dados e não raras vezes nos colocamos acima das forças da criação pelo que desvendamos pelas ciências.

No entanto...olhemos para o mundo, que mundo é esse MEU DEUS?! SOCORRO!

É um mundo de Deus ou um mundo de homens cada vez mais insensatos que "mataram Deus"?

Quem joga dados perante a criação somos nós, a humanidade.

Desafiamos todos as leis da natureza!

Somos uma perene roleta russa de iguais contra iguais e fomentamos só diferenças assustadoras, condenados à sina da auto-destruição.

Aqui eu refuto todo poder de benignidade da intenção humana pela Terra.

Olhemos para a História da Humanidade, para a Bíblia dos pensadores e observadores de alma. Vejamos: o que melhoramos de lá para cá? Não mudou nada!

Estamos na mesma depravação humanística, palavra forte mais iconológica ao momento, se não estivermos pior pela história que tão hediondamente construímos.

Mudaram apenas as formatações dos nossos coliseus modernos.

Há os que dizem que nessa dimensão terrena estamos sempre a evoluir. Eu não acredito nisso. O que seria evolução, então?

Mas quem sou eu para saber, negar ou impor minha crença e acreditar na minha sabedoria pífia?

Parecemos condenados à mesmice como um gato a correr atrás do próprio rabo que nunca abocanha.

Mas nos abocanhamos sanguinariamente uns aos outros num canibalismo holístico e sem fim.

O que vejo: que somos dum planeta repleto de injustiças sociais, lobos de nós mesmos, seres ingratos, maldosos e egoístas, que tiramos da boca dos nossos semelhantes abandonados à própria sorte o que não precisamos para saciar as nossas tantas sedes crescentes de ambição e de poderes que nada mudam para melhor o nosso destino, fomentamos discórdias, perseguições, guerras, santas inclusive, furtamos as consciências, invertemos valores, destruimos a família, matamos em nome de (Deus?), fomentamos uma legião de semelhantes animalizados pelo planeta, sem absolutamente nada de dignidade humana, a que lhes foi furtada pelos tempos, aplaudimos palanques patéticos e pódiuns de falácias ridículas, referendamos a locupletação dos que em nome das dores das misérias criam mais misérias para vender pobrezas crescentes maquiadas de falsas dádivas sobre seres desrespeitados e furtados de direitos fundamentais mas que trabalham pelo todo, reverenciamos inúmeros e indignos reis nús e valorizamos os inúmeros mitos do nada que é tudo, como tão bem poetou e alertou FERNANDO PESSOA há tanto tempo, referindo-se ao MUNDO TODO.

De barriga empanturrada roubamos perenemente o pão dos nossos semelhantes esfomeados pelo planeta, alargando a geografia assustadora de fome insaciável.

Somos seres inteligentes cuja inteligência é uma arma tão potente quanto uma bomba nuclear...explodimos perenemente sobre nós mesmos.

Depois saimos desesperados tentando consertar os próprios estragos do livre arbítrio concedido e tão mal optado e maldosamente militado.

Decerto que Deus existe,seria tolice da observação e inépcia da alma Nele desacreditar.

Acredito, pela minha intuição, que a maior e inequívoca expressão de Deus existente é o exercício do amor e da compaixão, AINDA QUE CADA VEZ MAIS RIDICULARIZADOS PELO HOMEM, a única condição humana formatada de sentir e traduzir o fato sentido de que Deus habita em cada um de nós, um Deus de amor holístico, de compreensão absoluta, aquele que salva tudo e todos e transforma a vida terrena num céu, ainda que no seu entorno as chamas nos pareçam infernais.

Na expressão mundana desse homem que atualmente vejo e desconheço eu não acredito mais.

Seria burrice acreditar...

Acredito que mudanças para a Terra partirão dos céus por mecanismos que fogem ao nosso entendimento de seres pequenos, nesse planeta menor ainda, diante do todo.

E peço imenso perdão a Deus porque negar a crença na sua própria criação de inteligência suprema, a que dizem ser a nossa sobre toda a demais criação, seria paradoxalmente, como desacreditar no próprio Sagrado.

Para mim Deus é vivência e a expresão SUPREMA e misteriosa da fé que não se explica, depois da Consciência duma força tomada e exercitada pelo Espírito, em campo da batalha da vida que entendemos ser a vida humana terrena no aqui e no agora, diante daquilo que não é necessário sabermos os porquês, todavia, na esperança de que algo bem maior nos está prometido..

Deus é pergunta para a qual as respostas pulsam silenciosamente dentro de cada um de nós.

E o conceito de vida seguramente não é aquele que tão parcamente poderia delinear a nossa tão restrita, (mais que vã!) filosofia humana, tampouco as ciências que acumulam grandes conhecimentos adquiridos por todos os tempos (todavia ainda limitados) posto que não mudaram o destino essencial da humanidade sobre a Terra.

"das descobertas sobre os planos de Deus jamais nos surgirá a premiar nossa vaidade humana, alguma concessão dum prêmio Nobel da verdade oculta"

Mavi.