Amigos sinceros

Precisamos enxergar as pessoas pelo avesso.

Difícil isso!

Quase sempre fazemos um julgamento social pelo que percebemos externamente.

Sempre “quebramos a cara” ao fazê-lo.

Não fujo à regra.

Nem sou exceção.

Quando te conheci, meu amigo, não foi boa a primeira impressão.

Talvez pela carga emocional da hora, pode ser.

Eleições...

O fato é que as pessoas o colocavam sempre no lugar do “difícil”, do ”impulsivo”, do “prepotente” até, por que não?

Não sei por que, mas apostei em você, mesmo assim.

Não conseguia ler em teus olhos tudo o que diziam de você.

Teus olhos eram firmes, mas bons.

Presenciei momentos que quase me fizeram mudar de opinião e dar o fora.

Outros, porém me fizeram repensar.

Enxergava outra pessoa atrás daquela “fera”.

Sei que em alguns momentos fui extremamente descuidada com você.

Extrapolei, fui bastante agressiva.

Você apenas sorriu e me mandou uma água, um cafezinho.

Conseguiu respeitar-me.

Sabe que sou também impulsiva, mas do bem, como você!

Todas as amarras caíram por terra no meu momento mais difícil, mais sofrido.

Então apareceu o amigo, o irmão, a pessoa.

Descobri você naquele momento.

Conseguiu respeitar, em silêncio, uma lágrima de dor.

Colocou-se disponível no meu momento de desamor.

Ganhamos cumplicidade nesse instante.

Tornamos-nos amigos sinceros.

Amigos pro que der e vier.

Temos defeitos sim, muitos!

Mas as qualidades são maiores.

Estamos construindo história.

Obrigada amigo, por tudo!

(para Haroldo Cunha Abreu, um amigo do peito)