PSICOGRAFIA

Alguns escritores quando sentam para escrever, já tem o assunto todo pronto, e as letras vão formando palavras e estas vão formando frases, e não demora lá está o texto.
Outros, sentam-se quase sempre sem inspiração, e o aglutinar de sílabas e vogais, acontece devagar, e nasce um texto, uma poesia.
Há ainda aqueles que juram que a inspiração, quase nunca é deles, sentam-se e de repente a mão começa a escrever frases e mais frases, e quando finda, eles leem e se surpreendem com o resultado, e afirmam, que às vezes, o conteúdo nem faz parte de sua forma de pensar.

Fico me perguntando qual é a minha maneira de escrever, dentre os três exemplos que citei acima.
E concluo que: seja uma mescla das três formas.
Há dias que me sento com um texto prontinho na cabeça, e passar para a tela do computador é fácil.
Outras existem, em que estou sem ideia alguma para escrever, e no decorrer do exercício vai acontecendo.
Já houve algumas vezes em que senti na mão um leve entorpecimento, os dedos passaram a correr livres, sobre o teclado. Pareceu-me, que não dariam conta da inspiração, que  fervilhava em minha mente. Nessa hora, sinto como se alguém estivesse ditando muito rápido o que devo escrever. (notem que escrevi, sinto, e não, ouço)

Difícil saber exatamente como nasce um texto uma poesia em nossa mente.
Certo é, que cada escritor tem seu jeito particular de se inspirar e escrever.
Eu guardo a certeza que todos aqueles que são apaixonados pela escrita, recebem influências de pensamentos exteriores.
Estejam esses pensamentos nessa ou em outra dimensão.

Creio que quase todos, já ouviram falar em escrita psicografada.
Porém, é bom frisar, que: raros são os que tem acesso a ela. O dom da psicografia, não é fato corriqueiro. Me refiro a psicografia mecânica, ou semi-mecânica, essa realmente não é algo comum. 
A psicografia, não é uma leve inspiração, um leve sentir. Mas, é sim, uma certeza, de que se é apenas o escrevente, e não o autor.
E esse dom, não é algo, ao qual todos estão afeitos. 
Eu pelo menos, não o tenho, da maneira ostensiva, com que ele se caracteriza.
Muitos livros que são editados nesse formato, psicografado, tenho muitas dúvidas, se são mesmo. Porém, os que são de fato, não deixam qualquer margem de dúvida, a quem conhece sobre o assunto.

O que sinto é que a inspiração de seres invisíveis aos nossos olhos, mas perceptíveis a nossa sensibilidade, seja algo comum a todos nós. De uma maneira geral, estamos mais ou menos receptivos a elas.
E comigo não é diferente!




(Imagem: Lenapena) obs.: dia 02 de abril de 1910 nascia em Minas Gerais, Francisco Candido Xavier, que ao longo da vida psicografou mais de 450 obras, ele possuia a psicografia mecânica e sem-mecânica, dentre outros tantos dons mediúnicos.
Lenapena
Enviado por Lenapena em 02/04/2015
Reeditado em 02/04/2015
Código do texto: T5192286
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