ENSAIO SOBRE A DOENÇA


Quando alguém recebe o diagnóstico de uma doença grave, num primeiro momento não pode deixar de pensar: vou morrer!

Mas quando a pessoa é bem estruturada, equilibrada e racional, começa a pensar em cura e nas estratégias que vai por em prática para sobreviver. É claro que os primeiros dias são de desalento, tristeza, insegurança... e de muitas, muitas perguntas.

Depois dessa fase negra, vem a esperança, que faz pensar com mais calma e objetividade.

São dias difíceis, mas buscar informação sobre o mal e perspectivas de tratamento e cura são caminhos objetivos. Escrevo sobre esse tema por experiência própria.

Num exame de rotina, descobri que tinha uma lesão maligna na mama esquerda. Passei por aqueles momentos descritos acima, mas depois procurei, com serenidade, buscar soluções. O primeiro passo foi me submeter a uma cirurgia para a retirada do nódulo e da região próxima a ele.

Não foi fácil enfrentar esse desafio. Precisei retirar também os linfonodos que se localizam na axila. É algo que assusta e que dói.
Felizmente, não vou precisar fazer a reconstrução da mama porque a lesão era pequena. Mas terei que enfrentar sessões de radioterapia e a quimioterapia não está totalmente descartada.

Hoje, a palavra câncer não significa mais uma sentença de morte. Principalmente quando a doença é descoberta em estágio inicial.

Quero viver, sou uma pessoa feliz e tenho planos para o futuro. Vou enfrentar a adversidade com coragem e serenidade, pois creio que essa atitude é benéfica e ajuda muito no enfrentamento do problema e na busca da cura.

Tenho, ainda, um longo tratamento pela frente, mas estou confiante no que a ciência pode hoje me proporcionar. Seguramente, a atitude do paciente pode contribuir, principalmente, mantendo o otimismo.

Acima de tudo, creio em Deus e Nele deposito toda minha fé e esperança.

Deixo aqui meu depoimento para que sirva de alento, num gesto de solidariedade com todas aquelas pessoas que estejam enfrentando situação semelhante.
Aloysia
Enviado por Aloysia em 25/03/2015
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