E AGORA, BRASIL?
Aqui, na qualidade de cidadã brasileira, com todo respeito ao triste da História, apenas tecendo algumas considerações sobre o nosso "momento Brasil", e digo que escrevo apenas baseada no que sinto do todo.
Ontem, dia quinze de Março de dois mil e quinze, o Brasil ecoou sua voz por aqui, entoando nosso Hino que atravessou as fronteiras do mundo.
Não há como negar o inédito do acontecimento cidadão que com certeza impressionou "gregos e troianos".
Bandeiras mil, símbolo oficial da Pátria, tremularam pelas avenidas das principais cidades de vários Estados e um vasto tapete verde -amarelo abriu espaço por todo o território nacional para uma caminhada pacífica, altamente significativa, em prol da decência e da ética na atividade política, para que, ao menos, possamos reencontrar novos rumos de crescimento para o nosso país taõ dilapidado em tudo!
É claro que, mesmo para aqueles que não possuam a neurotransmissão auditiva perfeita, lhes foi possivel ouvir a nítida voz duma significativa parte da população que foi às ruas movida por um sentimento coletivo de insatisfação perante nosso status atual.
Na verdade, só as imagens gritaram nitidamente que algo vai bem mal por aqui...
Os sentimentos se dividiam, desde os devidos esclarecimentos do status corruptivo que nos assola, até pedidos de "impedimento" do maior cargo executivo do país.
Condições e considerações jurídicas a parte, a manifestação do povo extrapolou o sentimento de indignação sobre nosso atual parasitismo político que drena nossas energias e consome o suor DE TODOS OS TRABALHADORES, " atualmente separados pelos discursos em "ricos e pobres" todos os que, igualmente com seus impostos, financiam as disseminadas extorções milionárias de dinheiro público, aéticas e criminosas.
Deu prar sentir nitidamente que a causa que levou milhares de pessoas (de todas as idades) às ruas do Brasil tem o mérito de exercício pacífico da nobre cidadania democrática, "apartidariamente" defendida pelas ruas, num clamor emocionado e emocionante dum "basta!".
Jamais esqueceremos o dia de ontem...
Ali se podia perceber, mesmo aos leigos que como eu não são cientistas políticos, tampouco sociólogos, que alguns grandes recados foram lançados à História da já balzaquiana Democracia brasileira.
Algumas lições que aprendi apenas vivendo e observando de longe o movimento de ontem:
1. Exercício democrático pleno bem se diferencia de exercício ideológico vazio.
2. Nunca se deve substimar a lógica, o senso e o sofrimento do povo.
3. Repetir neurolinguisticamente palavras chaves de discursos pobres, na tentativa de explicar o inexplicável e defender o indefensável...não explica e nem defende nada.Queremos explicações elucidativas.
4.É perigoso dividir qualitativamente uma Nação Federativa em que todos são iguais perante a Constituição Federal, Carta Magna que dita as leis dirigidas a todos.
5. Valores éticos e morais pétreos não pertencem a nehuma bandeira política.
6. Não se deve acreditar, muito menos proferir depois dum movimento legítimo, que pessoas de todas as idades, idosos, crianças, trabalhadores, estudantes e demais cidadãos que constroem o país são "golpistas de direita opositora" só por estarem nas ruas a defender legalmente a verdade dos fatos que os lesam na sua dignidade cidadã.
Ninguém ali carregava consigo comprovação nominal de voto nas eleições, aliás, voto é secreto e assim deveria continuar sendo.
7. A Democracia existe para ser exercida com respeito de via dupla, pela situação e pela oposição das ideias, pelos líderes e pelos seus representados.
8. A inércia política de "blá- blá- blá" que insiste em substimar um movimento daquela monta...sem apresentar soluções tangíveis e técnicas para o progresso do país pode ser um "tiro no pé já sem chão".
9. Ninguém tem apoio político vasto e tranquilo por todo o tempo com tanta gente indo às ruas pedindo por decência num grito conjunto de "não aguentamos mais!".
10. Qualificar de "elite", seja lá de qual colorido for, as pessoas que sustentam o país e a corrupção descontrolada é no mínimo desastroso, insípido, sem contar que é aético e patético.
11. Acreditar que miséria crescente aos olhos é sucesso social... é despropósito humanitário e ato de teor desumano que desperta a consciência dolorida das pessoas, simplesmente porque, um dia, todas as fomes doem, inclusive em conjunto.
12. Instigar ócio social e ódio de classes principalmente sem promover educação e perspectiva de trabalho honesto é o caminho programático mais perigoso para o caos e toda violência resultante dele, em qualquer tempo e lugar...e um dia, o tiro pode "sair pela culatra" das urnas muito mais precocemente do que se espera.
13.Tentar aparelhar o raciocínio das pessoas de bem com os tantos "ismos" do momento é algo que menospreza a inteligência das pessoas de bem. Golpismo é obnubilar o discernimento da razão coletiva.
13. Povo não tem legenda perene...só tem bolso.
!4. Povo também não tem memória, é movido pelas emoções, mesmo pelas verdadeiras.
15. A verdadeira cidadania dispensa militância política, porque por cidadania se entende exercício bem mais nobre, complexo e trabalhoso.
16. A classe média é a "galinha dos ovos de ouro" da sociedae, é a História que nos ensina, então, à inteligência política subentende-se que " não se deve matar a galinha dos ovos de ouro principalmente quando a "vaca foi pro brejo"...porque todos os políticos precisam das galinhas dos ovos de ouro saudáveis e vigorosas.
17. O gato subiu no telhado, e é melhor avisar os donos da casa com toda humildade e responsabilidade.
18.Em política é muito fácil ficar sozinho porque ninguém é hegemônico para sempre.
19. Sozinho ninguém faz nada e é melhor não se divorciar da classe média.
20. E por fim..."a voz do povo TODO é a voz de Deus". Lembrando que Deus é voz única e poderosa que desvenda todas as verdades ocultas.
Termino meu pequeno ensaio dizendo que minha impressão pessoal de brasileira é a de que NUNCA DANTES SE VIU UMA INDIGNAÇÃO TÃO GRANDE TOMAR CONTA DAS RUAS DESSE PAIS.
É melhor ouvir o recado do povo.
E...finalmente: o mundo todo já nos conhece.
Somos todos manchete mundial!
Essa é a parte promocional real que sequer o milionário e maquiado marketing das últimas eleições presidenciais conseguiu enganar por muito tempo.
E agora, Brasil?
Só nos resta rezar...