CIBERCULTURA- Será que estamos nos tornando avatares?
De que forma as pessoas me imaginam quando leem algo que posto nas redes sociais, das quais faço parte e que tenho vários seguidores ou "amigos"?
Será que se me conhecessem pessoalmente teriam a mesma impressão?
Outro dia fui apresentada a um amigo virtual, por acaso, numa festa na casa de uma amiga real e ele disse - Ah! Você é minha amiga no face, e foi saindo. Não trocamos nenhuma conversa, e eu não o reconheci como tal. Tenho a impressão que nem eu nem ele quisemos quebrar a magia da empatia virtual, que não foi a mesma na real. E o mais preocupante é que os amigos de antes das redes, que costumávamos falar por telefone e encontrar em reuniões sociais, hoje estão cada vez mais se comunicando por mensagens nos What's up, Facebook , em vez de telefone ou ao vivo.
É comum vermos milhares de pessoas protestarem contra o governo, conclamando o povo para manifestações de rua, e nada acontece. Quantas pessoas vão às ruas? Se todas aquelas pessoas que postam suas indignações fossem para as ruas, talvez muita coisa já teria mudado no Brasil e até mesmo no mundo, pois a insatisfação é geral.
O mais interessante é que todos ficam sabendo de todos, onde estão, o que estão fazendo, buscando visibilidade através dos efêmeros selfies que postam a todo momento. - " O outro com o qual nos comunicamos através das redes sociais deixa de ser a pessoa em carne e osso e passa a ser uma criatura virtualmente construída, um habitante da hiper- realidade - diz o professor de Filosofia João de Fernandes Teixeira, titular da Universidade Federal de São Carlos. E ele acrescenta: talvez estejamos ingressando na era do "autismo coletivo" expressão que ele considera paradoxal e significativa.
Qual será a consequência dessa situação? Estamos mais próximos ou mais isolados? Este é um tema para reflexão e que Filosofia da Tecnologia está tentando explicar.
De que forma as pessoas me imaginam quando leem algo que posto nas redes sociais, das quais faço parte e que tenho vários seguidores ou "amigos"?
Será que se me conhecessem pessoalmente teriam a mesma impressão?
Outro dia fui apresentada a um amigo virtual, por acaso, numa festa na casa de uma amiga real e ele disse - Ah! Você é minha amiga no face, e foi saindo. Não trocamos nenhuma conversa, e eu não o reconheci como tal. Tenho a impressão que nem eu nem ele quisemos quebrar a magia da empatia virtual, que não foi a mesma na real. E o mais preocupante é que os amigos de antes das redes, que costumávamos falar por telefone e encontrar em reuniões sociais, hoje estão cada vez mais se comunicando por mensagens nos What's up, Facebook , em vez de telefone ou ao vivo.
É comum vermos milhares de pessoas protestarem contra o governo, conclamando o povo para manifestações de rua, e nada acontece. Quantas pessoas vão às ruas? Se todas aquelas pessoas que postam suas indignações fossem para as ruas, talvez muita coisa já teria mudado no Brasil e até mesmo no mundo, pois a insatisfação é geral.
O mais interessante é que todos ficam sabendo de todos, onde estão, o que estão fazendo, buscando visibilidade através dos efêmeros selfies que postam a todo momento. - " O outro com o qual nos comunicamos através das redes sociais deixa de ser a pessoa em carne e osso e passa a ser uma criatura virtualmente construída, um habitante da hiper- realidade - diz o professor de Filosofia João de Fernandes Teixeira, titular da Universidade Federal de São Carlos. E ele acrescenta: talvez estejamos ingressando na era do "autismo coletivo" expressão que ele considera paradoxal e significativa.
Qual será a consequência dessa situação? Estamos mais próximos ou mais isolados? Este é um tema para reflexão e que Filosofia da Tecnologia está tentando explicar.