Teoria da Janela Quebrada
Dois carros, de modelos e cores iguais, são deixados em dois bairros norte-americanos, de modelos e cores diferentes. Um é o Bronx, famoso por seu alto índice de violência; o outro é Palo Alto, bairro conhecido pelo alto nível dos seus moradores.
O carro deixado no Bronx foi vandalizado em poucos dias. Janelas foram quebradas e rodas foram roubadas. O carro no Palo, porém, sobreviveu a uma semana sem qualquer tipo de problema.
James Wilson e George Kelling, os dois estudiosos responsáveis pela pesquisa, resolveram dar uma ‘ajudinha’ ao crime e quebraram, deliberadamente, uma janela do carro. Em poucas horas, diga-se de passagem, ocorreu ao segundo carro o mesmo que sucedeu com o primeiro. Não é difícil imaginar a que conclusão chegaram nossos criminologistas de Harvard, não é?
Comprovou-se, com esse experimento realizado em março de 1982, que pequenos crimes induzem grandes crimes. E vemos isso a cada dia que passa nos mais diversos serviços oferecidos pela mídia.
Em ‘120 Dias de Sodoma’, um clássico literário escrito pelo Marquês de Sade, há uma discussão entre os quatro libertinos que compõem os protagonistas do enredo onde o Presidente de Curval afirma que não há nada que instigue mais a vontade de se realizar outros crimes do que se ver impune do primeiro.
A Teoria das Janelas Quebradas mostra a realidade nua e crua que muitos não querem ver: A Impunidade aumenta os Crimes. Podemos ver, atualmente, que ocorrem inúmeras atrocidades e as mesmas não são punidas como se devem.
Só há um meio de diminuir os crimes: Ensinar a Comunidade que eles são errados. Infelizmente, o único modo disso ocorrer é punindo quem os faz, seja pequeno, médio ou grande o atentado realizado.
Qual a diferença entre o Escândalo da Petrobrás e a sua recusa em avisar o caixa do Mercado que ele voltou troco a mais? Apenas o tamanho, não? E quem garante que os envolvidos não começaram com essa pequena omissão, esse pequeno ‘furto’...
Só há um caminho para evitar a Macrocriminalidade. E ele é a realização da Punição à Microcriminalidade, comprovada fonte e berço da primeira.