O Mundo em que Vivemos
Vivemos um momento histórico e inigualável do ponto de vista das ciências e tecnologias, no limiar do conhecimento humano expandindo as fronteiras no sentido da compreensão do universo cósmico e no mergulho das profundezas oceânicas. O sentido da vida e as visões de mundo são construídas socialmente, na comunhão das pessoas que necessitam umas das outras para se “humanizar”. O mundo que conhecemos é a própria História da Humanidade refletindo a “bagagem” adquirida desde os tempos mais remotos dos povos primitivos até o homem espacial. Somos frutos das experiências do passado, em termos políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais. Forjamos o devir histórico com nossas escolhas ideológicas que se materializam nas relações de poder e no trabalho. O mundo que vejo, sinto e vivo nunca é um mundo só meu, é um mundo criado e recriado pelas pessoas que me cercam, pelos meios de comunicação, pelos hábitos e costumes familiares e, principalmente pela educação que recebemos. Podemos dizer, que pelo imediatismo do mundo pós-moderno há a negação da História onde as imagens do passado são diluídas em signos de rápida digestão implementando a fragmentação dos indivíduos (cada vez mais individualistas), a alienação e exploração do trabalho na ótica neoliberal num engessamento moral e arbitrário onde o que vale “É o Aqui e Agora” e a relação temporal Passado e Futuro não existe mais.
O mundo em que vivemos é complexo, diverso e contraditório. Valorizamos e banalizamos a Dignidade Humana, temos resultados “milagrosos” na indústria farmacêutica e perecemos com epidemias, existem complexos centros urbanos e aldeias indígenas isoladas, de um lado enchentes e de outro a falta de água e a seca, alguns buscam a Paz e elevam a bandeira dos Direitos Humanos enquanto tantos outros promovem as Guerras e elevam suas armas com ódio e intolerância. Para toda hegemonia existe um movimento de resistência que objetiva superar as condições estabelecidas. Em nosso mundo nem tudo está perdido! Os movimentos sociais e ecológicos nos ensinam com esperança que Um Outro Mundo é Possível.
Publicado no Jornal Litoral Norte RS