Desconstrução

Desconstruo o inacabado concluindo o inesperado;

Compactuo minha humanidade admitindo insanidade;

Vesti-me de safiras, turquesas e esmeraldas.

As estrelas? Bordo na bainha da saia...

E vou sentir o dia...

As cores brilhantes de pedras entorpecem os medíocres;

Ouro! Deixei para dias iluminados da alma;

Percebo-me sussurrando versos com vozes de poeta.

No violino cordas gastas pelo aprimoramento da melodia;

O marfim do piano mantém o som dos sonhos,

E eu acordo a alma com perfume de flores

Compassado! O dia se arrasta para o entardecer;

Sentimentos se entrelaçam entre braços e abraços;

Reinvento no teclado a vida que sopra aos meus ouvidos;

No toque suave dos dedos sinto a vida pulsar;

Vejo o sol, o mar, o cantarolar das ondas toca-me os pés.

A água fria invade o corpo e arrepia a alma;

A brisa dança e toca meus cabelos

E eu sorrio para vida...

Reinventar-me é preciso...

Solange Oliveira

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 22/11/2014
Reeditado em 06/10/2021
Código do texto: T5044986
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