Desconstrução
Desconstruo o inacabado concluindo o inesperado;
Compactuo minha humanidade admitindo insanidade;
Vesti-me de safiras, turquesas e esmeraldas.
As estrelas? Bordo na bainha da saia...
E vou sentir o dia...
As cores brilhantes de pedras entorpecem os medíocres;
Ouro! Deixei para dias iluminados da alma;
Percebo-me sussurrando versos com vozes de poeta.
No violino cordas gastas pelo aprimoramento da melodia;
O marfim do piano mantém o som dos sonhos,
E eu acordo a alma com perfume de flores
Compassado! O dia se arrasta para o entardecer;
Sentimentos se entrelaçam entre braços e abraços;
Reinvento no teclado a vida que sopra aos meus ouvidos;
No toque suave dos dedos sinto a vida pulsar;
Vejo o sol, o mar, o cantarolar das ondas toca-me os pés.
A água fria invade o corpo e arrepia a alma;
A brisa dança e toca meus cabelos
E eu sorrio para vida...
Reinventar-me é preciso...
Solange Oliveira