Não existe Pra sempre

O dia começa ‘ normal’, como se eu fosse ouvir o seu terno e singelo Bom dia.

Levanto tomo o café, como o pão, como quase sempre fazia em sua companhia.

Então vem - me os detalhes presentes em nosso lar, tudo esta aqui como a senhora deixou.

Vejo sua cadeira na ponta como de costume, porém a senhora não está mais ali; afago a tolha da mesa onde outrora estavam suas mãos de pele áspera pelo sol que tomara ao longo da sua nobre existência; mas que para mim tinham a maciez da mais pura seda

Ao chegar na copa já não ouço a melhor das sinfonias, o doce e calmo assovio que brotara de sus lábios mamãe onde espantavas tuas tristezas.

Também já me faltas mamãe a ‘saraivadas’ de beijos que a senhora sempre que podia dava a mim derramando doçura em cada toque de seus lábios em minha face que de feliz ria-se desesperadamente.

Onde está seu cafuné gostoso, quando me encostava-se a sua barriga e reclamava a ti minhas angustias.

Quando senhora dizia: ‘Denis se vira eu não sou eterna’ eu ria e caçoava da senhora brincando.

Hoje tento encarar a seriedade e veracidade dessa ‘maldita’ frase; lembro- me agora mãe da última conversa que tivemos e a frase que lhe disse ao fim da conversa e pedi para que a senhora. Nunca esquecesse isso:

- Eu te amo,

e você com a voz mais doce e o olhar mais lindo do mundo respondeu :

- Eu também meu filho!

Desta feita descobri infelizmente que PRA SEMPRE(na Terra) não existe

Mas quero que saibas mãe que acredito no nosso reencontro e espero ansioso esse dia

DENIS SANCHES, 20 de Novembro de 2014

Denis Sanches
Enviado por Denis Sanches em 20/11/2014
Reeditado em 22/05/2015
Código do texto: T5042519
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