É comum na nossa vida arranjarmos um jeito de ficar mais confortável, minimizar os riscos e recorrer a uma zona de conforto onde quase nunca nos comprometemos.
Mas a tal zona de conforto, ao mesmo tempo em que oferece segurança, nos remete a uma inércia, apatia, nos mergulha numa vida inútil e sem participação ativa nas decisões que irão afetar nossa própria vida.
Sempre é dia de experimentar algo novo. Nunca é tarde para transgredir aquelas regras que seguimos sem que saibamos o porquê. Há novidades a experimentar, sensações ainda desconhecidas e que valem a pena, aquele ‘frio na barriga’ ou, pegando emprestada a poesia do Rubem Alves, há borboletas que precisam revoar nossos estômagos para provocar inquietações surpreendentes.
Olhando de modo imparcial um acontecimento recente, desconsiderando o protocolo e o impacto da decisão, vai saber quantas borboletas revoaram pelas entranhas do homem Joseph Ratzinger, tirando seu sono por várias noites, até o dia em que acordou decidido a desnudar-se do poder que Bento XVI o conferia. Ele não teria mudado a história que já parecia óbvia se não tivesse a coragem de romper com a tradição e mudar!
Decisões assim ocorrem todos os dias. Todas causam impactos, maiores ou menores, mas sempre alteram o curso de alguma vida.
Ocorrem na vida do jogador que muda de clube buscando um ‘upgrade’ na carreira; na vida do executivo que assume o desafio de presidir um grupo empresarial. Também ocorrem com aquelas pessoas que estão ali do nosso lado...
O trabalhador que resolve mudar de emprego; o pai de família que é demitido e se vê obrigado a sacudir a poeira e partir pra outra; a mulher que sente que é hora de ter um filho; o jovem, ainda inseguro, que é levado a escolher uma profissão; a moça apaixonada que sonha em construir um futuro junto ao amado; o casal que descobre que, para o bem comum, é melhor seguirem separados... todos buscam novos rumos e têm suas vidas alteradas.
O que tem medo de subir em altura um dia acorda com borboletas no estômago e uma vontade louca de saltar de paraquedas. Esta mudança tem um poder libertador, traz alegria, sentimento de superação, um novo horizonte para a vida!
São tantas as mudanças, em todos os níveis, em todas as casas, que é preciso desenvolver a capacidade de sempre se readaptar à nova vida.
Às vezes tentamos e conseguimos, outras nadamos e morremos na praia. E a vida é assim mesmo. Comigo concorda o Guilherme Arantes numa linda canção: “Se você tentou e não aconteceu, valeu! Infelizmente nem tudo é exatamente como a gente quer...” Ele termina a canção dizendo que “dentro do peito tem um fogo ardendo que nunca vai apagar”. Então, “deixa chover”!
E toda essa reflexão é pra dizer que estou feliz por experimentar o novo. Hoje me aventuro a ir além do poema. Faço isto certo de que a poesia também está nas entrelinhas deste texto, na sinceridade dos gestos mais simples, no carinho de uma amizade e no revoar das borboletas que nos faz alterar a direção do olhar.
Afinal, estamos sempre de mudança!
(Imagem: Borboletas - Lilian Guedes)
Mas a tal zona de conforto, ao mesmo tempo em que oferece segurança, nos remete a uma inércia, apatia, nos mergulha numa vida inútil e sem participação ativa nas decisões que irão afetar nossa própria vida.
Sempre é dia de experimentar algo novo. Nunca é tarde para transgredir aquelas regras que seguimos sem que saibamos o porquê. Há novidades a experimentar, sensações ainda desconhecidas e que valem a pena, aquele ‘frio na barriga’ ou, pegando emprestada a poesia do Rubem Alves, há borboletas que precisam revoar nossos estômagos para provocar inquietações surpreendentes.
Olhando de modo imparcial um acontecimento recente, desconsiderando o protocolo e o impacto da decisão, vai saber quantas borboletas revoaram pelas entranhas do homem Joseph Ratzinger, tirando seu sono por várias noites, até o dia em que acordou decidido a desnudar-se do poder que Bento XVI o conferia. Ele não teria mudado a história que já parecia óbvia se não tivesse a coragem de romper com a tradição e mudar!
Decisões assim ocorrem todos os dias. Todas causam impactos, maiores ou menores, mas sempre alteram o curso de alguma vida.
Ocorrem na vida do jogador que muda de clube buscando um ‘upgrade’ na carreira; na vida do executivo que assume o desafio de presidir um grupo empresarial. Também ocorrem com aquelas pessoas que estão ali do nosso lado...
O trabalhador que resolve mudar de emprego; o pai de família que é demitido e se vê obrigado a sacudir a poeira e partir pra outra; a mulher que sente que é hora de ter um filho; o jovem, ainda inseguro, que é levado a escolher uma profissão; a moça apaixonada que sonha em construir um futuro junto ao amado; o casal que descobre que, para o bem comum, é melhor seguirem separados... todos buscam novos rumos e têm suas vidas alteradas.
O que tem medo de subir em altura um dia acorda com borboletas no estômago e uma vontade louca de saltar de paraquedas. Esta mudança tem um poder libertador, traz alegria, sentimento de superação, um novo horizonte para a vida!
São tantas as mudanças, em todos os níveis, em todas as casas, que é preciso desenvolver a capacidade de sempre se readaptar à nova vida.
Às vezes tentamos e conseguimos, outras nadamos e morremos na praia. E a vida é assim mesmo. Comigo concorda o Guilherme Arantes numa linda canção: “Se você tentou e não aconteceu, valeu! Infelizmente nem tudo é exatamente como a gente quer...” Ele termina a canção dizendo que “dentro do peito tem um fogo ardendo que nunca vai apagar”. Então, “deixa chover”!
E toda essa reflexão é pra dizer que estou feliz por experimentar o novo. Hoje me aventuro a ir além do poema. Faço isto certo de que a poesia também está nas entrelinhas deste texto, na sinceridade dos gestos mais simples, no carinho de uma amizade e no revoar das borboletas que nos faz alterar a direção do olhar.
Afinal, estamos sempre de mudança!
(Imagem: Borboletas - Lilian Guedes)