Lugar Comum
Hoje logo hoje comecei a me lembrar de todas aquelas coisas que quando começam já se prevê logo seu fim, das pessoas que conhecemos durante a vida mas que passamos a desconhecê-las no decorrer do tempo, das pontuais festas de finais de ano, das crianças pequenas da família, dos trabalhos da escola, das consultas marcadas, daqueles casos e acasos que nos ocorrem na rotina de todos os dias. As vezes guardo no registro de uma foto, mas os grandes fatos, suas marcas e seus fracassos guardo mesmo é na memória, ás vezes é mesmo algo bem pequeno que te leva lá, aquele lugar , uma música, um livro, algo parecido com o que você já viu, até mesmo o cheiro de algum perfume.
Estar sozinho é fazer pensar demais, mas mesmo quando estou acompanhada estes fato e retratos rodeiam minha mente, alguns chamam de saudade, outros de memória, alguns entram em depressão ao falar do passado, e há também os que vivem, ou tentam viver o eterno presente sem pensar nele.
São aquelas coisas que quando crianças guardamos numa caixa, guardamos o papel da bala, o bilhete do amigo no caderno,o brinquedo que gostamos, entregamos pra mãe aquele cartão de dia das mães que fica pendurado em algum lugar da casa mas hoje está esquecido e só resta a lembrança. Mas quando adultos esta caixa, ao menos sua estrutura real não existe mais, mas ainda assim ela está enorme, repleta de coisas, porque adultos não podem ter caixas de recordações, mas são plenos delas.
Aquelas coisas, aquelas que começam e já parecem ter fim. A sensação de que a vida passa e continua.Tudo porque hoje perdi algo que apenas para mim era importante. Tudo porque hoje fiquei a pensar em mim, mas lembrei de você.