Quando chega o amor?
O debate que será promovido, cuja finalidade é demonstrar através de fatos empíricos a questão do amor, sua chegada, seus anseios, sua decepções, a sanidade, a loucura implícita em cada movimento encenado pelas redes virtuais e dos relacionamentos atuais.
Não é fácil para qualquer pessoa adquirir confiança em outra, ainda mais quando essa outra pessoa se coloca em meios que impossibilitam algumas percepções. Não há dúvidas que, quanto a evolução dos meios de comunicação, trouxe muitas facilidades, dentre elas: transpor distâncias em apenas segundos. É o tempo da conexão, e pronto. Você está diante de alguém em tempo real. A forma em si convenciona-se pela escrita, aúdio ou vídeo, a facilidade proporcionada pela internet dificultou nossa interação social frente a frente. O comodismo que nos permite visitar várias páginas e pessoas ao mesmo tempo em que ouvimos uma música pareceu nos colocar em uma cena antagônica. Digna de entrar para o livro dos recordes, assim se faz, a world wide web - Rede Mundial de Computadores.
A celeridade com que se constituem os relacionamentos, os produtos, os serviços é impressionante, ainda que boa parte das coisas necessitem de um tempo considerável para serem concluídas, é um tempo ínfimo se comparado ao que se levava anos atrás. Essa rapidez tem influído em nossas vidas, e nem sempre é carregada de uma carga positiva.
E no embate travado pela vida, no anseio pela satisfação, nos laços que nos vinculam, no desejo de cessar a solidão que assola a raça humana, entramos em uma pergunta chave: como sabermos que o amor verdadeiro chegou? é possível que ele nasça pelos meios de comunicação em massa? a velocidade em que ele surge é compatível com a velocidade do processamento de dados? Os questionamentos se tornam mais complexos a medida que buscamos compreender os problemas advindo desses pensamentos.
Podemos sentir de múltiplas formas, ainda que a capacidade ou as formas de percepções não estejam desenvolvidas, no mínimo há que dizer, com raras exceções, que toda sequência se desenrola de forma semelhante, porém as palavras que a acompanham nem sempre se vinculam ao sentimento desejado, é implícito e inerente ao ser humano. Neste contexto, podemos afirmar que muito embora o indivíduo seja criado em um mesmo ambiente, será a sua capacidade de observar, identificar e corrigir o erro que traçarão o novo caminho.
A forma de lidar com os sentimentos advindos de um encontro oposto às nossas necessidades, produzem, quando verdadeiros, o medo e a aflição pelo fracasso dos objetivo em si propostos, aliado às dificuldades de nosso aprendizado se esbarra no que se afirma como correspondência mútua(quando duas pessoas percebem um sentimento semelhante).
No espaço verdadeiro que nossas perspectivas tomam, é, ainda, possível observar que há necessidade do auto descobrimento, no silêncio que nos assiste, no desabrochar das opiniões que se intitulam "salvadoras".
Qual o ponto de chegada do amor? Na mesma esteira, o episódio é marcado pela ansiedade, indecisão, dúvida, medo. Não há um dono da verdade, ela não é absoluta em seus termos, a decisão não é definitiva. A questão acaba se perdendo no limbo das muitas divagações.
Filósofos e poetas tentam descobrir a função do amor como sentimento inerente ao ser humano, próprio de sua cerne, e privado de seus plenos direitos, quem é atingido em um acidente não se lembra, ou tenha esquecido de lembrar.
Muito embora as câmeras que possuímos possam registrar momentos mágicos como o a seguir, necessitem esperar com paciência, da mesma maneira em que quaisquer das incógnita podem ser resolvidas através da internet. Os problemas, infelizmente, chegam com a mesma rapidez com que a "net" trata seus funcionários e clientes, todavia não é de interesse ao caso.
Em outras palavras, quando o amor é chegado, construído em nossa intimidade que, uma vez ligadas, não se desconstrói de maneira espontânea, quando o amor chega, chega devagarzinho, ainda estamos construindo a morada para nossa juventude e fase adulta, ainda assim é insuficiente para o número de casos.
Não obstante, a vida persiste na busca de uma solução mais eficaz, não se entrega, não se oferece um compartilhamento das ideias, não há desistência, não há entrega, não há desistência voluntária. Os choros abafados deixam transparecer uma infinidade de mazelas, adquiridas em virtude da atividade laboral ou pela resistência enfraquecida que ainda luta por auxílio.
Linhas são escritas vagarosamente enquanto o amor verdadeiro não chega. A dúvida persiste, como separar o nosso eu de nós mesmos para que, então, possamos enxergar a realidade nua e crua de nosso trabalho?
O convite à leitura do texto foi um singelo resumo que provavelmente acrescentará muito ao debate. Leia, comente, compartilhe, o debate é amplo, caso houver interesse, opiniões são muito bem vindas.