NINGUÉM NASCEU PARA PERDER...
Hoje ensaio a dinâmica e o resultado das nossas últimas eleições principalmente pelo teor sócio- politico-antropológico muito interessante que se desenhou nessa dinâmica de se votar.
Foi uma emoção histórica, havemos de concordar.
Um fato é fato: nenhum brasileiro (em sã consciência) se manteve allheio à manifestação da própria opinião a respeito dos tantos fatos que incidiram e pontuaram o destino do pleito nas urnas.
Jovens (vi até até as crianças opinarem) adultos e idosos, todos tinham uma opinião a respeito, e claro, foi um dos momentos mais marcantes da nossa recente história democrática e é óbvio que é super salutar se politizar as ideias e as opiniões de forma universalizada.
Abster-se de votar também foi uma marcante opinião no pleito.
Hoje somos um país que sai das urnas fortalecido na politização do povo.
Num país chamdo Brasil, signatário dos direitos humanos e cuja Constituição Federal, a sagrada "Carta Maior" , a que promulgada em mil novecentos e oitenta e oito leva a insígnia de "Constituição Cidadã", onde dentre tantos direitos legítimos, o direito à opinião, à manifestação do pensamento e à informação nos pontuam como garantias do próprio Estado à sociedade, fica muito mais interessante crescermos juntos nessa dinâmica de exercitar e consolidar a Democracia.
Havemos de juntos esquecermos as opiniões divergentes e juntos comemorarmos essa grande conquista de privilégio de exercício democrático.
Todavia hoje, diante de tantas manifestações exacerbadamente apaixonadas dos que se consideram perdedores ou vencedores do pleito, eu aqui me e lhes pergunto:
Quem ganhou? Quem perdeu?
Já que entendo que nenhum ser humano foi feito para perder, muito menos numa Democracia, e também entendo que a política se desenha num conjunto de forças que tendem a compor uma resultante de convivência pacífica, num todo de felicidade e justiça comum, tendo a ensaiar o pensamento para o fato de que numa eleição em nome da democracia, no Brasil todos ganhamos algo!
Aliás, ganhamos muito!
Ganhamos voz!
Ganhamos principalmente o direito de ser povo e exercer a cidadania plena, por todos os Estados duma República Federativa.
A "Coisa Pública" chamada Brasil é nossa, de todos os brasileiros.
Todos os políticos passam, o Estado Brasil sempre ficará sendo dos brasileiros, porque o Estado somos nós.
Não existe perdedores quando o foco é o debate de pontos- de -vista , de opiniões, principalmente quando as visões demandam de mundos e de realidades tão diferentes.
Não há o certo ou errado em debate de opiniões, muito menos nos focos de anseios de vida...a não ser que evidências apontem para o que desconhecemos sobre os meios que pulsam para os tantos fins políticos.
Para isso havemos de exrecer o direito Constitucional à informação.
Quanto ao voto e às escolhas, é natural que cada ser humano defenda o que lhe é prioritáro para a sua felicidade iminente, sem contudo lesar a felicidade, ou invadir o direito do outro.
Não estamos na idade média, muito menos no Coliseu de feras que engoliam pessoas...sob o sádico olhar doentio de quem financiava os espetáculos. Ao menos espero que não voltemos no tempo.
Se ninguém foi feito para perder, também entendo que todos nascemos para ser feliz.
Sinto que brasileiros estamos precisando de heróis, de mitos vivos que façam o melhor acontecer...para todos.
Absolutamente todos temos algo a conquistar, algo essencial, não necessariamente algo material.
Também não estamos nas páginas das estorinhas de Hobin Hood.
Ouvi em alguns discursos que as ideias, os debates de opiniões e o resultados eleitorais poderiam dividir o país.
Bem, no mundo todo a geopolítica é composta de vários índices animados e inanimados que pontuam diferenças mutáveis e administráveis.
Cabe a quem governa ( e é da tal ciência!) unir as forças, juntar os objetivos, e governar para todos os interesses, para atenuar as diferenças que nos pontuam , a proporcionar o bem comum e paz social.
O bom gestor tem uma finalidade estadista, nunca partidária.
São as diferenças salutares, não as surreais, que fazem certas propostas ganharem ou perderem palanques e assim é na geopolitica e no social do mundo todo.
Utopia?
Não, História.
Quem conhece um pouco de História Geral sabe do perigo que é dividir um povo...inclusive pelo populismo que tira o pouco de alguns para dar o nada a muitos, a desqualificar o mérito do ser individual, sua capacidade, o que aos poucos aliena a dignidade de todos.
E obviamente que tal não ocorre por aqui.
Apenas somos um país com várias geopolíticas distintas e complexas implementadas pelas gestões sucessivas desde a época de Cabral...
-Terra a vista!
E ali começava nosso financiamento cidadão a passos largos...a nossa história algo tumultuada e sincrética, mas condecorada com gente boa e que faz um país de dimensões continentais ser um gigante forte e promissor por natureza, dentre tantas naturezas tão belas e distintas a coexistir no mesmo solo de irmandade coesa!
Somos um país resiliente, não há como negar nossa propriedade salvadora da Pátria.
Independentemente de ganharmos ou não nas urnas...cada cidadão, havemos de ganhar todos unidos na cidadania, querido Brasil!
Nessa época de créditos mais fáceis do que nos é totalmente dispensável, não nos alienemos no que nos é de mais sagrado: a consciência para a construção de um país justo, ético, de todos e para todos.
Que tenhamos um país do tamanho que todos nós merecemos, porque o Brasil é um pedacinho de cada um de nós, dos nossos anseios, das nossas lutas diárias e das nossas mãos que trabalham de sol- a -sol.
Sorte aos que se propuseram a nos conduzir, na paz e na verdade dos fatos e das intenções.
É o que sinceramente lhes e nos desejo, visto que já somos todos ganhadores na propulsão da força motriz que também nos une, rumo ao progresso, aquele que todos nós merecemos e urgenciamos.