Ar (Entre gaivotas)

Seguirão vigiando noites em meus olhos.

Capricho de arroba; precisão de um i deslocado e faminto.

Tecendo amanhãs e amarras (soltando cordas: velozes liras).

No camarim rosa empalidecido, lugar-comum surge e fulgura com correntezas - traz equidistantes ares, pontos, dobras e quilhas: armadilhas para sazonar.

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Vidas rodadas liricamente...que vagamente, ludicamente, rodopiam.

Farta cesta, pão e café fresquinhos:

nas bordas, risos e sabores; no centro, coração.

Reveladas as mãos que tecem bálsamos:

aveludadas sinas, sonhos de transparências.

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Fios marcando curvas, esvoçantes lábios.

Rítmicos os sentidos que te trazem.

Silvando e comprimindo, aireando e mesclando: queimando.

Dos sulcos, os rios fluindo:

corpos celebrando.

O céu de dentro movendo-se.

“Dança interna de fôlego rompendo...”

Confessa liberdade da epiderme entrecruzada,

desfilada em inebriante chão.

Caramelo de sabores, doces...chamativos....inspiradores.

Nardos....

generosos e marcantes:

melodia que chega em golfadas de ar.

Entre gavoitas, fevereiro 22, 2006