Mortes

"Não falo de morte a do corpo físico. Morte é interrupção. Corte de fluxos contínuos, de verdades que enguiçam no tráfego das vias reais. Morte é ruptura.

Falo da morte de uma poesia, de uma realidade que se desmancha no pensamento/sentimento, de uma saudade que finda. Amor e término.

A morte física são as desistências forçadas, os assassinatos! Fim daquilo que morre ou se mata. Renúncia da insistência. Cordão vital que se rompe.

Falo da morte de uma chama, de um orgulho, um deleite, da presença, da ausência.

Morre a partida, a chegada, a estada, a rotina que não se suporta mais. Morre a teimosia no calor de sua entrega. Morre de frio o vazio da indiferença."

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 15/08/2014
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