O TOQUE DE AMOR

No meu caminhar matinal eu passava na frente da casa daquela moça de olhar perdido e de rosto sem viço. Ali naquela janela, por horas permanecia, em sua casa sombria.
No jardim havia plantas secas, árvores tristonhas e nenhuma flor.
Foi assim que aquela pobre mulher, minha alma despertou.

Logo percebi que nela faltava afeto. E tudo ao seu redor refletia  sua dor.
Eu conhecia um jardineiro e um pintor. 
Parei em frente a casa e perguntei a moça de olhar perdido, se poderia colorir sua casa e florir o seu jardim. 
Tentei em seu semblante adivinhar sua resposta, porque a pobre moça de  olhar perdido lá continuava.
Tempos depois a casa não mais se reconhecia, de tão bonita que ficou.
O jardim foi ornamentado com que nele já existia, e novas plantas e flores  foram cultivadas e, assim, o jardim resplandeceu. 
Nos dias que se seguiam à minha caminhada, na janela já não havia a moça de olhar perdido, pois a alegria em seu olhar se mostrava, e caminhando pelo jardim a admirar ela se encontrava.
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 11/08/2014
Reeditado em 12/08/2014
Código do texto: T4918106
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