O TOQUE DE AMOR
No meu caminhar matinal eu passava na frente da casa daquela moça de olhar perdido e de rosto sem viço. Ali naquela janela, por horas permanecia, em sua casa sombria.
No jardim havia plantas secas, árvores tristonhas e nenhuma flor.
Foi assim que aquela pobre mulher, minha alma despertou.
Logo percebi que nela faltava afeto. E tudo ao seu redor refletia sua dor.
Eu conhecia um jardineiro e um pintor.
Parei em frente a casa e perguntei a moça de olhar perdido, se poderia colorir sua casa e florir o seu jardim.
Tentei em seu semblante adivinhar sua resposta, porque a pobre moça de olhar perdido lá continuava.
Tempos depois a casa não mais se reconhecia, de tão bonita que ficou.
O jardim foi ornamentado com que nele já existia, e novas plantas e flores foram cultivadas e, assim, o jardim resplandeceu.
Nos dias que se seguiam à minha caminhada, na janela já não havia a moça de olhar perdido, pois a alegria em seu olhar se mostrava, e caminhando pelo jardim a admirar ela se encontrava.