Caminhos, arte e psicanálise
Em 1979, ao começar a formação em psicanálise, nada sabia da psicanálise. Colhida pelo impacto de outras concepções da vida e do mundo, ainda hoje, no cotidiano da clínica, da arte e da vida, eterna aprendiz. Ao chegar às aulas de pintura de Sergio Fingermann, também nada sabia de pintura, e principalmente, do pintar. No contato com o professor e os colegas em aulas semanais ao longo de seis anos, encontra nesse estúdio, outras concepções da arte, que trazem transformações radicais em sua maneira de pensar, agir e se organizar.
Assim, para ela, o mais espantoso foi descobrir aos poucos a usar a intuição que lhe atribuía o professor, desde as primeiras aulas. A intuição é importante para ser usada com consciência. Não há muito a falar, pois, não se trata aqui, de definir ou conceituar intuição. A pintora dessa exposição começa a acreditar que, talvez, o nome para o procedimento estético peculiar a ela, ou seja, o método aqui usado seria Orgânico. Não em algum sentido filosófico, mas nas formas arredondadas que sua pintura apresenta.
Poeta e psicanalista vem das palavras. A prática das artes plásticas vem tardiamente. De 2003 a 2009 frequenta as aulas de Dalton de Lucca. E ao chegar ao atelier de Sergio Fingermann, nunca havia pintado, nem imaginava que seria possível, embora não desistisse de tentar.
Ao longo de seis anos em aulas semanais, demandada pelo professor, trabalha a intuição com consciência. As tintas, a tela e os pinceis sob a regência da intuição consciente. . Como insiste Sergio Fingermann com seus alunos, a intuição para o artista se alia à consciência. Ou seja, o caminho do artista é o caminho das pedras.