A ciência seria a única forma de conhecimento?
“Se enxerguei mais longe foi porque me apoiei
sobre ombros de gigantes.” – Isaac Newton
“Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria
começou com a dúvida.” – Freud
Quando Newton afirma tal premissa, é considerado, supostamente, a sua intenção de transcrever para cientistas outrora geniais para com suas atividades, dadas as circunstancias e técnicas, parti da responsabilidade a titulo de suas conquistas cientificas por terem sido a base de seu trabalho, os degraus da escada do conhecimento transcrevemos os ombros de gigantes. Mesmo que para muitos, a ciência não se faz a única forma de se obter conhecimento, na minha visão todo aquele conhecimento que de alguma forma foi importante na construção da ciência e tecnologia hoje existente foi tomado de forma cientifica. Uma ciência grosseira sem se utilizar de métodos pragmaticamente claros. Uma ciência iniciante. Nisso se baseia Newton para formar seu raciocínio.
Freud como pioneiro da ciência neurológica e da psicanálise entende muito bem como essa formação básica de conhecimento, mesmo que basicamente — Formulado hipóteses a partir de observações da mente, instituindo conceitos baseados nesta observação e em seus experimentos, já que não se existia basicamente nada sobre o assunto. E sempre partindo de suas duvidas—, se deu cientificamente. Tomando como base conceitos desenvolvidos antes mesmo do surgimento do empirismo (que daria principio ao método cientifico): o pensamento de que a razão e o conhecimento não devem depender apenas da fé, mas também dos nossos sentidos. Esse pensamento, que por sua vez, tem como a base a fé. Não a fé no sobrenatural (a fé dogmática, religiosa, nunca foi resposta para nada), mas aquilo que se pensa, na necessidade que move o homem a querer explicações para basear sua resposta para seus questionamentos, a querer provar seu ponto de vista. Ou seja; A dúvida dada pela observação, a potencia dada pela descrição, a fé dada pela previsão e a sabedoria como o controle, o teste ou experimento (outrora inexistente). O processo que se da na construção de um senso comum, Em suma o Pensamento indutivo, que mesmo sendo quase suprimidos pelo dedutivo de Aristóteles, ainda construía conhecimento. E mesmo possibilitando alguma parcialidade na tese, ainda assim se faz ciência.
O pensamento científico surgiu com os pensadores pré-socráticos que foram chamados de Filósofos da Natureza e também Pré-cientistas. Uma forma de pensar naturalista baseada no ceticismo. A ciência surgiu da duvida efetivando a necessidade da resposta a duvida, que construída a partir, primeiramente; da observação formando opiniões por meio da indução que eram testadas na efetivação do ato por meio de um método boçal de Tentativa e Erro básica (e desumana muitas vezes, principalmente no respeito da medicina), e, por seguinte; tiradas as conclusões, erradas muitas vezes, mas ainda assim conclusões, baseadas na experiência. Somadas ao longo dos anos contribuindo na formação de conhecimento. Até hoje a ciência é imperfeitamente perfeita — Principio antrópico. Ela é autorregulatória. A ciência não comete erros, pessoas cometem erros. Como uma ferramenta, bem como a matemática é uma linguagem, ela não afirma nada, mas ela fornece as ferramentas para tal. Mesmo tendo chegado a teses errôneas no passado, a ciência sempre foi a responsável pela produção de conhecimento.
Fontes:
• “Novo Organum”, de Francis Bacon.
• “Discurso do Método” , de René Descartes
• Tratamento de pacientes histéricas por hipnose revolucionou o pensamento de Freud. Folha Online (23-09-2008).
• Alexander, Franz G, Selesnick, Sheldon T. História da psiquiatria: uma avaliação do pensamento e da prática psiquiátrica desde os tempos primitivos até o presente.
• BBC - A História da Ciência - O que há lá fora? - parte 1
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