PATAXÓ, PATXOHÃ
Os Pataxó (antigos falantes do patxohã, uma língua do grupo jê) faziam parte daquelas temidas nações indígenas denominadas Aymoré e viviam no interior do extremo sul da Bahia. Eles viviam em constantes guerras com os Tupiniquim, que por sua vez, habitavam no litoral, falantes do tupi e que participaram da tão conhecida Primeira Missa no Brasil. Por isso, os Pataxó nunca puderam se aproximar do litoral. Com o extermínio dos Tupiniquim do litoral, o povo Pataxó foi se aproximando lenta e gradativamente das áreas litorâneas do extremo sul. A sua língua, patxohã, foi duramente proibida pelos colonos e fazendeiros da região. Os pataxó não podiam se declarar índios sob pena de sofrerem violências, até mesmo genocídio. A última falante do patxohã, uma velha índia chamada Bahetá, já é falecida. Agora, baseados em pesquisas feitas com a índia Bahetá e alguns autores que outrora coletaram palavras pataxó, esse povo está recuperando o seu idioma. O povo Pataxó nunca foi falante de língua da família tupi-guarani.