Absinto!
Olhar vago nas distâncias verdes.Com um quase nenhum esforço para disfarces.
Sentada,encostada em rústico distante,sei ler seu afastamento,ainda sei!
Quando quer,é impossível lhe devotar exclamações.
Seus cabelos semi-sujos e suas unhas de terras...ah!
Essa manta em que se embrulha,foi ela quem fez!-Vês?!
A tua independência irrita e conforta!Aliada assim sua beleza,embebida de desmazelos e sem luxos!Assim como os pássaros no terreiros,tão meus e tão não!
Meu pavor é a saudade que ameaça meu olhos,cada vez em que passas pra outro cômodo...nosso palácio de sapê!
O vento é quem sabe te reverenciar,sem apegos vai e volta e,até te incomoda!Mas do jeito que gostas!Eu não,só te magôo!
Sinto que minhas melhores carícias para ti,só te abraçam no papel!...Pecado meu te observar sobre a janela,café novo,rosto de riso sobre o papel,papel de pão e poesia,suas!todas pra ti!
Há quantos quilômetros em nossa casa?Parece abrigar todas as geografias,deste e de outros mundos!
Prefiro aceitar em silêncio!Seu vestido no varal,florido em céu cinzento de ventanias,me ilude que é você voltando!
Assim é melhor!tenho medo de ser o vento,que vai te afastar do meu cais,ainda mais!
Quando criares borboletas,me entenderás!